Vera Egito - Diretora de Espalhadas pelo Ar
Sobre a produção do filme - curta-metragem premiado no Cinesul 2008 - trailer:
http://myspacetv.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=29828475
Sobre a produção do filme - curta-metragem premiado no Cinesul 2008 - trailer:
http://myspacetv.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=29828475
4) Gostei muito da direção de arte e da fotografia do filme, como você vê essa parceria com o fotógrafo e com o diretor de arte? É fundamental haver sintonia?
A fotografia e a direção de arte tem a ver com a proposta estética definida para aquele filme. Há filmes, tristemente, que não têm proposta estética alguma, e aí a direção de arte e a fotografia viram simples questões técnicas, deixando de exercer o papel de expressão dramática que deveriam.
O Júlio Taubkin, fotógrafo e a Flávia Rebello, diretora de arte, são dois super jovens e super talentosos artistas. Durante o processo, trabalhamos em trio. As escolhas de um departamento influenciavam o outro e vice-versa. O conceito do filme foi inspirado na fase mais dourada do pintor Austríaco Gustav Klimt. Dos quadros dele vieram a paleta de cor do filme e a idéia de uma luminosidade dourada que invadia os ambientes internos.
A partir desse conceito, desenvolvemos o universo visual do filme para que tudo trabalhasse em função da estória que estávamos contando que, para mim, é o mais importante.
5) Qual você acha que é o futuro do curta-metragem brasileiro? Como você vê a produção atual?
As mostras de curtas que tenho visto nos Festivais estão realmente muito boas. Tanto na linha narrativa, quanto nas propostas de experimentação da linguagem audiovisual, os curtas tem sido muito bons. É um formato delicioso. Adoro assistir aos curtas e também tenho gostado muito de fazê-los.
Tem uma nova geração de diretores que me deixa muito animada. São realizadores talentosos, livres de verdades pré-estabelecidas, prontos pra fazer um cinema nacional de cara nova. Enfim, acho que os curtas vão bem. As vezes, bem melhor que os longas.
6) Qual a importância de festivais para a exibição de curtas? E como foi a aceitação de Espalhadas pelo Ar nos festivais? Você conseguiu entrar na maioria em que se inscreveu?
O Festival é o meio de veiculação atual da produção de curta-metragens. Afora a opção da internet, que não é o ideal para todas as produções, os Festivais são de fato onde o curta encontra com o público. E o que tenho visto é que é um encontro maravilhoso. O público dos festivais é um público que está a fim de cinema.
No caso da Espalhadas, que tem uma proposta narrativa, o contato com o público tem sido muito bom. As pessoas se envolvem com a estória, com os personagens, pelo menos é o tenho sentido.
Quanto a aprovação nos festivais, não sei ao certo. A Fernanda Patti, da Ioiô Filmes, é responsável pelo envio do filme aos festivais, então, a verdade é que não sei exatamente em qual nos inscrevemos, em qual não fomos ou fomos aceitos.
Semana passada o filme foi exibido em Valência, na Espanha. Meu irmão, Edu Egito, que é músico e vive em Barcelona, foi até lá conferir a sessão e parece que foi muito legal.
Nesse ponto o Departamento de Cinema da ECA tem sido super importante. A cópia legendada que foi a Valência, por exemplo, foi produzida pelos acordos do CTR-ECA-USP.
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