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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Filmes Natalinos





Diretores: José Maia, Lancast Mota, Otto Guerra
Ano - 1984 / Duração - 5 min / Cor / 35mm / Brasil

O filme retrata a triste e solitária vida de um burrinho, até que ele é surpreendido por um acontecimento.
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Clique aqui para ver ao filme - A Lente e A Janela


Diretor: Marcius Barbieri
Elenco: Adeilton Lima, André Amaro, André Luis, Jessyca Ludmila, Marta Carvalho, Nívea Helen, Walber Vinícius Chagas, Walérya Christina Chagas

Ano - 2005 / Duração - 12 min / Cor / 35mm / Brasil

Uma menina ganha uma câmera de vídeo no Natal e sua percepção muda através da lente e da janela.

Projeto Menu - filme: CULPA

O curta Culpa faz parte do Projeto Menu, realizado na faculdade de Cinema da Universidade Federal Fluminense, no qual quatro equipes de alunos tiveram que fazer curtas de até 3 minutos com o tema comida.

Para saber mais sobre a produção do curta acesse o site do filme:

http://culpadelaura.blogspot.com/

Um ótimo filme para a época natalina! De dar água na boca.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

YouTube - fonte de renda

Fazer vídeos para o YouTube (há três anos uma das principais diversões dos usuários da internet) agora também é fonte de renda. Um ano depois que o YouTube, a grande potência dos vídeos online, convidou seus membros a se tornarem “sócios” colocando anúncios em seus vídeos. Os usuários mais bem sucedidos recebem valores de seis dígitos por sua participação. Para alguns, como Michael Buckley, o apresentador de um programa sobre celebridades, fazer filmes engraçados agora é um emprego período integral. Buckley abandonou seu emprego formal em setembro depois que sua renda online ultrapassou em muito seu salário como assistente administrativo de uma companhia de promoção musical. Seu programa veiculado três vezes por semana “é bobo”, ele diz, mas o ajudou a evitar o cartão de crédito. Buckley, 33, era apresentador de um programa semanal de um canal público de Connecticut no verão de 2006 quando seu primo começou a publicar trechos no YouTube. As afirmações cômicas sobre celebridades atraíram visitantes e rapidamente Buckley criou um segmento chamado “What the Buck?” unicamente para a internet. Buckley sabia que o programa teria uma “limitação no canal público”. “Mas no YouTube eu fui visto 100 milhões de vezes”, ele disse. “É uma loucura”.
Buckley e seu programa sobre celebridades exibido no YouTube / NYT. Tudo que ele precisou foi uma câmera Canon de US$2 mil, um pedaço de pano de US$6 como fundo e um par de luzes de trabalho compradas na loja Home Depot. Buckley é um exemplo de como a internet democratiza a publicação de conteúdo. Sites como o YouTube permitem que qualquer um com uma conexão à internet encontre algum fã, simplesmente publicando e promovendo seu material. Ainda assim, a construção de uma audiência leva algum tempo. “Eu passei 40 horas por semana no YouTube no último ano antes de ganhar um centavo”, disse Buckley (mas pelo menos em alguns casos isso vale a pena”. Buckley é um dos membros originais do programa de parceria do youtube, que agora inclui milhares de participantes, de criadores de vídeos de porão a grandes companhias de mídia. O YouTube, subsidiário do Google, coloca anúncios dentro e em volta dos vídeos de seus parceiros e distribui a renda com seus criadores. “Nós queríamos transformar estes hobbies em negócios”, disse Hunter Walk, diretor de gerenciamento de produto do site, que chama usuários populares como Buckley de “companhias de mídia não intencionais”.

CINE-PE 2009 - reta final inscrições filmes


CINE PE 2009 – Reta final das inscrições de filmes para edição 2009 de um dos principais festivais de cinema do país




FESTIVAL DO AUDIOVISUAL DO RECIFE RECEBE INSCRIÇÕES DE FILMES ATÉ O DIA 31 DE JANEIRO


Estão na reta final as inscrições de filmes para O CINE PE 2009 – Festival do Audiovisual de Pernambuco, um dos mais importantes e tradicionais do país. As inscrições vão até 31 de janeiro de 2009. Os filmes podem ser inscritos nas mostras competitivas para curtas e longas-metragens em digital ou película. Em sua 13ª edição, o CINE PE será realizado entre os dias 27 de abril e 3 de maio de 2009.
Poderão se inscrever curtas-metragens brasileiros digitais, finalizados a partir de maio de 2008, que concorrerão aos prêmios de melhor curta digital, melhor diretor, melhor roteiro e melhor montagem; curtas-metragens brasileiros em bitola 35mm finalizados a partir de maio de 2008, que deverão ser inscritos nas categorias de ficção, animação e documentário, e receberão prêmios de melhor curta-metragem, melhor diretor, melhor roteiro, melhor montagem, melhor fotografia, melhor edição de som, melhor trilha sonora, melhor direção de arte, melhor ator e melhor atriz; e longas-metragens (digitais ou 35mm) finalizados a partir de maio de 2008, que, além dos prêmios anteriores, concorrerão também nas categorias de melhor ator e atriz coadjuvantes.
Os organizadores do CINE PE estimam que nessa 13ª edição sejam realizadas mais de 500 inscrições entre curtas digitais e em 35mm e longas-metragens.
Os vencedores levarão o troféu Calunga, premiação oficial do Cine PE. Os resultados da seleção dos curtas-metragens inscritos serão divulgados até o dia 15 de março/ 2009. Já os longas-metragens escolhidos pela curadoria para a competição poderão ser conhecidos um mês depois, até o dia 15 de abril/ 2009.
Para saber mais informações sobre o festival, ler o regulamento e preencher a ficha de inscrição, acesse o site
O Cine-PE é uma realização da BPE - Bertini Produções e Eventos - Rua João Cardoso Aires, 1042, Boa Viagem, Recife – PE. Cep: 51130-300.
Contatos: (81) 3461-3773 / (81) 3343.5066 / festival@bpe.com.br

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Última Parte - Entrevista com Paulo Fontenelle


Última parte da entrevista que o BLOG CURTAS fez com o diretor de cinema Paulo Fontenelle. Paulo dirgiu junto com Leonardo Cunha Lima o curta Mauro Shampoo. E mais recentemente lançou o documentário sobre Arnaldo Batista - LOKI.
Foto de Paulo Fontenelle -

- Foto com Mauro no Festival do Rio
BC - Você ficou satisfeito com o resultado final de Loki? Ou se pudesse teria feito alguma coisa diferente?

"Lamento apenas a falta de conservação do acervo de algumas televisões. É triste ver que muita coisa foi apagada dos arquivos ou perdidas em incêndios. É triste saber que durante o ano de 1969, os Mutantes apresentaram semanalmente o programa Divino Maravilhoso na Tupi e não sobrou nenhum episódio para arquivo. Alem disso, vários filmes super-8 pessoais do Arnaldo simplesmente desapareceram. Continuo procurando. Uma pena, mas acho que conseguimos fazer o melhor possível com as condições que tivemos. Às vezes, ficamos pensando no que poderia ter sido feito com mais estrutura, mas isso não passa de pura lamentação. Talvez não ficasse melhor. Essa vontade de vencer, apesar das adversidades é que nos deu a união necessária e a determinação de chegarmos ao resultado final."

BC - Quais são seus próximos projetos?

"Tenho alguns engatilhados. Uma ficção e dois documentários, mas ainda dependem dos acertos finais para começarem."

BC - Você acha que o curta-metragem é um formato que deveria ser mais aproveitado pela televisão brasileira?

"Hoje já existem canais que incorporaram o curta-metragem na sua grade de programação. O Canal Brasil é um desses canais que valorizam o formato. Seria lindo se as outras emissoras seguissem o exemplo. Mas acredito que existem outros lugares que o curta seria uma ótima opção, como em viagens de avião, ônibus, e até sessões de cinema na hora do almoço a preços populares."

BC - Você acha que um documentário é sempre a visão do diretor? Ou ele pode ser imparcial?

"Não existe imparcialidade no documentário. Quem disser que existe está mentindo. O tema é sempre retratado a partir da experiência que o cineasta viveu. Em Loki, eu poderia ter embarcado no enfoque que muitos já deram sobre o Arnaldo explorando o estereótipo da loucura. Preferi contar a sua história longe da imagem do mito. Procurei ser o mais imparcial possível, ouvindo todos os lados da história, mas no final a visão do diretor está sempre presente na condução do filme, na utilização da trilha sonora, da montagem e de outros recursos fílmicos para buscar a emoção e a reação do espectador. Mauro Shampoo, já foi retratado várias vezes como um personagem folclórico e eu e o Leonardo buscamos o lado humano dele, sem perder o humor. Acho que a única maneira de ser imparcial é colocar uma câmera parada filmando 360 graus em plano seqüência. Mas aí o filme seria um saco."

BC - Qual cineasta te inspira e por quê?

"Na parte musical eu gosto muito de um diretor Uruguaio chamado Pablo Cosacuberta pelos trabalhos que ele faz com o Jorge Drexler e Paulinho Moska. Nos documentários, Errol Morris, apesar do estilo dele ser bem diferente do meu. Admiro Julio Meden, Michel Gondry, Kyeslovsky e Roman Polansky. Mas, sem dúvida, o cineasta que mais me inspira é o Paul Thomas Anderson, pela sua maneira singular de contar as histórias baseadas na casualidade. Histórias sempre recheadas de sentimentos sem nunca perder o senso de humor. Tive a rara oportunidade de assistir alguns de seus curtas e é possível ver como sua técnica foi se desenvolvendo nesse formato. Muitas cenas usadas em seus curtas foram copiadas e aprimoradas mais tarde em seus longas como Hard Eigth, Boogie Nigths e Magnólia. É um cineasta completo que soube usar o curta metragem como uma ótima escola."
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Para ler a entrevista completa com Paulo Fontenelle e assistir ao curta-metragem Mauro Shampoo clique aqui - http://www.blogcurtas.blogspot.com/search?q=mauro+shampoo

N° 27

Foto do filme N° 27 - direção de Marcelo Lordello

Texto de Cecilia Barroso sobre o curta - Nº 27: www.cenasdecinema.com
- Nº 27, BRA, 2008 -Drama - 19 min

Direção: Marcelo Lordello - Elenco: Caio Almeida, Diogo Vasconcelos, Felipe Tenório, Lucas Glasner, Wagner Lima, Marcela Gomes, Jorge Queiroz, Carol Araújo, Marília Mendes, Renata Roberta, Alexandre Sampaio, Ana Claúdia - Roteiro: Marcelo Lordello

Sinopse:

- O banheiro tá na limpeza - responde, segurando a maçaneta com força.
- Limpeza? Deixa de conversa, abre logo!
- Tá na limpeza. Procura outro, por favor.
- Meu irmão - hesita - Você pode chamar o coordenador, por favor?

Abrindo o segundo dia da projeção principal (41° Festival de Brasília), o curta de Marcelo Lordello conta uma história que, se já não aconteceu com você, aconteceu com alguém que você conhece. O filme consegue, através de closes, câmeras estáticas e planos bem longos, demonstrar todo o sentimento do protagonista. Ao optar por este estilo, porém, o diretor perde metade da platéia e ganha a outra. O ator principal, Caio Almeida é muito bom e consegue tornar real seu personagem e seu problema, mesmo que quase não fale. A brincadeira com o som também é ótima e está muito bem colocada no filme. Como eu disse antes, uns vão amar e outros odiar o estilo do diretor. Eu estou no primeiro grupo. Um Grande Momento - O do silêncio.
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No debate do curta "N.º 27", (Festival de Brasília) Marcelo Lordello disse que quis fazer um filme sobre amor-próprio. No filme, um garoto tem um mal-estar e passa por uma situação constrangedora na escola. Lordello revelou que o filme foi baseado na história real de um amigo que passou por uma situação similar "500 vezes mais traumática". - fonte: maxpress net

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O Lobinho Nunca Mente



Diretor: Ian Samarão Brandão Fernandes
Elenco: Fábio Porchat, Letícia Lima
Ano: 2007
Duração: 9 min

Sinopse: "Um homem sofre um acidente doméstico que o deixa paralisado. Enquanto espera por ajuda, ele repensa sua vida. Sozinho com suas lembranças, ele descobre o quanto vale a vida e o quanto merece morrer. "

Ficha Técnica
Roteiro: Ian Samarão Brandão Fernandes - Som Direto: Raul Macedo - Direção de Arte: Letícia Lima - Edição de som: Raul Macedo - Câmera: Gabriel Santucci - Direção de produção: Fábio Porchat, Ian SBF, Felipe Dantas - Produção Executiva: Ian SBF - Montagem: Osiris Larkin

Prêmios
Prêmio do Júri Popular no Curta Noite 2007/ Melhor Curta no FAM - Florianópolis 2007, Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Prêmio do Júri Popular / Construção narrativa no Festival Brasileiro de Cinema Universitário 2007/ Menção Honrosa no Festival de Cinema e Vídeo de Santa Maria 2007/ Prêmio Porta Curtas no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2007

(informações - fonte - site Porta Curtas)

CTAV - Apoio à produção audiovisual

APOIO À PRODUÇÃO AUDIOVISUAL – INSCRIÇÕES ABERTAS

Empréstimo de equipamentos
Edição
Transcrição de som
Mixagem
Transfer 35mm

Se você tem um projeto de curta ou média-metragem precisando de um dos serviços relacionados acima, inscreva-se no Portal do CTAV: http://www.ctav.gov.br/. Os serviços são gratuitos e oferecidos de acordo com critérios estipulados no Regulamento para utilização de serviços do CTAv. O Centro Técnico Audiovisual faz parte da estrutura da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. O órgão passou em 2008 por uma reestruturação interna e limpeza dos estúdios. As inscrições foram reabertas no dia 1/12/2008 e agora serão permanentes. Para concorrer à utilização dos serviços basta entrar no Portal do CTAv http://www.ctav.gov.br/ e fazer sua solicitação. O ano de 2009 foi dividido em seis períodos de execução de serviços. O primeiro (Período 1/2009) começa em 19/01/2009. Projetos inscritos até 31/12/2008 entram nesta primeira seleção, a lista dos contemplados será divulgada no mesmo portal no dia 12 de janeiro. Os projetos inscritos de 1/01/2009 a 31/01/2009 concorrem ao período 2/2009, que começa no dia 02/03, com resultados divulgados em 16/02. As datas seguintes serão divulgadas no mesmo Portal, bem como a agenda de serviços. Fique atento.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Terceira Parte - Entrevista com Paulo Fontenelle


Foto do diretor do curta Mauro Shampoo e do documentário Loki - Paulo Fontenelle.

Terceira parte da entrevista que o BLOG CURTAS fez com o cineasta Paulo Fontenelle.



BC - Fale um pouco sobre a produção de Loki, como foi falar sobre um dos maiores ícones da música nacional, o criador dos Mutantes?

"Conviver esses anos todos perto do Arnaldo foi uma experiência enriquecedora tanto no sentido cultural como na capacidade que ele tem de ampliar nossa visão de mundo. Sua visão peculiar sobre todos os aspectos da vida, a sua simplicidade é algo por si só inspirador. Quando se junta tudo isso ao fato de estar diante de uma das figuras mais importantes da história de nossa música, nada me resta a não ser agradecer o privilégio de ter vivido esses momentos."

BC - Foram muitos meses de pesquisa antes de começar a filmar? Como foi a convivência com Arnaldo?

"Quando começamos a filmar a minha pesquisa já estava praticamente feita pelo tempo que passei preparando o programa de 30 minutos. Porém, muito mais importante do que você ler um livro ou estudar um assunto é viver as experiências. Somente quando comecei a conviver com o Arnaldo é que pude perceber toda a sua poesia, genialidade e contradições. É a partir dai que você consegue compreender o artista. Busquei então fugir do estereótipo com que sempre se retratou o Arnaldo."

BC - Quando o filme estréia nas salas de cinema? Você teve problemas com a distribuição e divulgação do filme, ou está sendo um processo tranqüilo?

"A princípio o Canal Brasil não tem interesse em lançá-lo em circuito comercial, devido ao alto custo que isso implicaria. Então o filme seria exibido no circuito de festivais, depois iria para a TV e depois DVD. Mas isso pode mudar. O filme teve uma repercussão enorme entre os fãs e mesmo em quem não conhecia a história do Arnaldo e esse entusiasmo pode trazer algum fruto. Vamos ver o que acontece."

BC - Como foi passar do curta-metragem para o longa-metragem? É necessário começar pelo curta, para depois se aventurar no longa?

"Não foi nada muito especial. A única diferença é que eu tinha uma historia maior para contar. Por mais que o estudo e a teoria sejam algo fundamental para um bom profissional, nada substitui a prática. Na maioria das vezes, a melhor maneira de praticar é realizando curtas, onde você pode experimentar, errar, desenvolver seu estilo, principalmente pela liberdade criativa que ele oferece."

BC - Como você vê o mercado de cinema nacional no país? Filme nacional tem público?

"Sim, tem público. O grande problema é fazer o filme chegar até ele. Hoje, a distribuição ainda é o grande obstáculo do cinema brasileiro, além, é claro do preço cobrado pelos ingressos. Mesmo assim, acho que é sempre benéfico atitudes como o mês do filme nacional para estimular o crescimento e o interesse dos espectadores."

BC - Como está a carreira de Loki pelos festivais?

"Não poderia ser melhor. O filme estreou no Festival do Rio, no qual foi ovacionado por mais de dez minutos no final da primeira sessão. A repercussão foi ótima e o filme ganhou o prêmio de melhor documentário pelo voto popular. Em seguida fomos para a Mostra de cinema de São Paulo, onde a reação do publico foi igualmente fantástica, com todas as sessões lotadas e recebemos também o prêmio do público de melhor documentário."

BC - O Arnaldo Batista assistiu ao filme? Se sim, ele gostou?

"Sim. Ele se emocionou bastante ao ver sua vida passar diante de seus olhos com todos os momentos bonitos e difíceis que ele viveu. Ele costuma dizer que esse filme consegue deixar claro que ele será sempre o Rebelde entre os rebeldes."
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Para ler a primeira e a segunda parte da entrevista com Paulo Fontenelle e assistir ao curta Mauro Shampoo - clique:

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Palíndromo - Curta final de semana



Clique aqui para assistir ao filme





Diretor - Philippe Barcinski
Elenco - Eucir de Souza, Eugênio Puppo, Silvio Restiffe
Ano - 2001
Duração - 11 min

Sinopse: Um homem perde tudo que tem. Uma história simples contada de forma inusitada.

Ficha Técnica
Produção: Juliana Santonieri - Fotografia: Hélcio Alemão Nagamine - Roteiro: Philippe Barcinski - Edição: Raimo Benedetti - Som Direto: Fernanda Ramos - Direção de Arte: Fernanda Britto - Trilha original: Antonio Pinto e Tejo


Prêmios
Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá 2002
Melhor Diretor no Festival de Gramado 2002
Melhor Filme no Festival de Gramado 2002
Melhor Montagem no Festival de Gramado 2002
Prêmio da Crítica no Festival de Gramado 2002
Melhor Diretor no Festival de Recife 2002
Melhor Som no Festival de Recife 2002
Prêmio ABD e C no Festival do Rio 2002

A GRUTA - filme jogo


Trailer do filme A Gruta


Um filme interativo, no qual o público escolhe os caminhos da história. Com 11 finais diferentes, 30 momentos de interatividade e duração que pode variar de 5 a 40 minutos. Para quem leu o Jogo da Amarelinha de Cortzar, vai achar a idéia familiar. Mas no cinema, se isso não é um feito inédito, é pelo menos pouco explorado.

A Gruta
BRA - 2008 - Terror
Direção: Filipe Gontijo
Elenco: Poliana Pieratti, Carlos Henrique, André Deca e o Porco (Dadinho, porco-ator)
Roteiro: Filipe Gontijo
Duração: de 5 a 40 min

Texto de Cecília Barroso sobre o filme - www.cenasdecinema.com

"Com uma proposta totalmente inovadora, o filme é completamente interativo. Além de ter onze possibilidades de final, pode ter 30 momentos em que o espectador participa tomando decisões sobre o andamento da história. O resultado varia de acordo com as escolhas e faz com que o filme possa ter de cinco a 40 minutos de duração. Super curiosa, ao chegar na fila resolvi puxar assunto com o casal da frente. Eles estavam indo para a terceira sessão e queriam ver um final diferente do que viram nas duas outras vezes. Segundo eles, muitas escolhas do público não foram as mesmas. "Na primeira, tinham mais homens e as escolhas foram mais arriscadas. Na segunda, com mais mulheres, as opções foram mais boazinhas", disseram. Claro que depois de receber o seu controle pela primeira vez, você já entra na sala excitado e doido para saber o que vai acontecer. Depois de uma rápida apresentação e de testes para ver como funciona o sistema de votação, a sessão começa.O filme-jogo conta a história de um casal que vai passar uns dias em uma fazenda e conhece uma gruta perto da propriedade. Quem os leva até o local é um estranho caseiro e lá os dois encontram um porquinho. Depois da visita, muitas coisas estranhas começam a acontecer. Na minha sessão, a maioria tomou algumas decisões que fizeram o filme acabar em cinco minutos. Com uma segunda chance, a coisa foi mais longe e toda a experiência foi muito divertida e diferente de tudo que eu já havia passado no cinema. A idéia, genial, foi tirada dos antigos livros-jogos da década de 80, onde a história caminhava do jeito que o leitor escolhesse, pulando páginas ou não. No cinema, muito mais interessante, você poder conduzir o filme como quiser. A platéia se envolve tanto que não são raros os gritos para unificar a decisão final. Ver as coisas acontecendo depois de ter escolhido por isso é ótimo e funciona muito bem. O filme, como cinema, é muito interessante, mas tem alguns probleminhas de montagem. Sei que é difícil analisar isso num filme interativo, mas acho que uma seqüência básica tem que existir para todos as escolhas. Outro problema, mas bem mais grave, é o som. Segundo a produção, este será sanado em breve. A fotografia é bem interessante e criativa, assim como a trilha sonora sufocante. Os atores principais não comprometem, mas André Deca, ao compor seu personagem, adotou um jeito de falar que prejudica muito o entendimento e, sem o apuro do som, muitas palavras ficam completamente ininteligíveis. Mas o resultado final é muito mais do que isso. O filme, independente de suas pausas, consegue criar um clima tenso e atiça a curiosidade dos espectadores. Talvez a coisa ficaria ainda mais sinistra se nos momentos de escolha uma música bem sombria fosse escolhida. Depois da exibição, soube que uma das idéias com essas sessões era saber qual a opinião do público. Ao sair da sala, recebemos um questionário e as resposta de sessões anteriores já foram responsáveis por alguns ajustes. É daquelas experiências que todo mundo tem que ter. Infelizmente não existem outras sessões agendadas. Segundo a produção, já existe uma negociação para que aconteçam novas exibições em Brasília e a idéia de ir para outras salas da Caixa Econômica em outros estados. Em breve o filme também será lançado em dvd. Filipe Gontijo pode investir em sua idéia, pois terá público garantido. Imperdível!
Um Grande Momento - Em qual versão? Na minha foi a fuga."
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Para saber mais entre no site do filme:

Mostra Londrina de Cinema - HOJE!

Foto do filme O dia em que não matei Bertrand - de Luiz Carlos Oliveira Junior e Ives Rosenfeld

20h – COMPETITIVA NACIONAL 1
"O DIA EM QUE NÃO MATEI BERTRAND"(RJ, 16 min, 2008) - de Luiz Carlos Oliveira Junior e Ives Rosenfeld
"CÂMARA VIAJANTE"(CE, 20 min, 2007) - de Joel Pimentel.
"AREIA"(SP, 12 min, 2008) – de Caetano Gotardo

Cartaz do filme Relicário - de Rafael Gomes
21h30 - COMPETITIVA NACIONAL 2
"VESTIDA"(SP, 15 min, 2008) - de Juliana Rojas.
"RELICÁRIO" (P, 18 min, 2008) - de Rafael Gomes.
"TIRA OS ÓCULOS E RECOLHE O HOMEM" (RJ, 20 min, 2008) - de André Sampaio.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Festival TUDO SOBRE MULHERES



Cartaz do filme - Memórias Clandestinas



O Tudo Sobre Mulheres – IV Festival de Cinema Feminino de Chapada dos Guimarães

Hoje - Quinta-feira - dia 11/12


19h – Mostra Cubana:
.A Menina, de Karina Cáceres (2008, 11 min, Cuba)
.Como Construir Um Barco, de Susana Barriga ( 2006, 14 min, Cuba)
.Pucha Vida, de Nazly López Díaz
(2007, 12 min, Cuba)
.O Ano do Porco / El Año del Cerdo, de Claudia Calderón (2007, 10 min, Cuba)


20h – Mostra Competitiva de Curtas e Médias
.Essa Moça, de Adriana Mota (2007, 4 min, DF)
.Eu Sou Homem, de Márcia Cabral
(2007, 22 min, SP)
.Memórias Clandestinas, de Maria Thereza Azevedo (2007, 52 min, SP)

Segunda Parte - Entrevista com Paulo Fontenelle


Foto do filme Mauro Shapoo - direção de Leonardo Cunha Lima, Paulo Henrique Fontenelle

Segunda parte da entrevista com o diretor Paulo Fontenelle, que realizou o curta Mauro Shapoo - sobre um cabelereiro e ex-jogador de futebol famoso por jogar no Ibis Sport Club conhecido como o pior time do mundo. Paulo também dirigiu mais recentemente o documentário LOKI, sobre o músico Arnaldo Baptista.

BC - A produção do curta contou com uma pesquisa prévia? Quanto tempo foi necessário para embarcar na história de Mauro antes de filmar propriamente?

"Como disse no começo, nossa intenção inicial era fazer um longa sobre o Íbis. Passamos uns dois anos pesquisando tudo sobre o time e seus jogadores. Tínhamos uma idéia muito clara sobre o Mauro Shampoo, mas quando desembarcamos em Recife essa idéia foi desmontada quando além do personagem, conhecemos o Mauro Torpe, o cidadão do dia-a-dia. Esse mês em que passamos juntos nos ajudou a compreender mais a pessoa, que além de um personagem bem humorado, é um lutador que busca, com honestidade, desenvolver o seu trabalho, cuidar da educação dos filhos e que usa o bom humor como uma maneira de superar as dificuldades da vida. Coisas que não constavam na pesquisa e que tivemos que vivenciar. Isso é o fascinante num documentário. Quando você começa, nunca sabe a que caminhos ele vai te levar."

BC - Você já tinha feito outros curtas antes?

"Minha carreira no cinema começou movida pelo amor. Não exatamente amor pelo cinema, mas por uma menina. Eu tinha acabado de terminar um namoro de dois anos e estava numa tristeza imensa. Alguém me falou que a praia era o melhor lugar para espairecer. Aceitei o conselho e tirei um dia de folga para mergulhar no mar que, infelizmente, naquele dia estava de ressaca e eu quase sofri um afogamento. Fui para casa traumatizado por essa experiência de quase morte com a sensação de que a vida era curta e, se eu quisesse seguir uma carreira, precisava sair do mundo das idéias e fazer alguma coisa. Sentei na frente de um computador e, em quatro horas, escrevi um roteiro em homenagem a minha ex-namorada. Resolvi transformar em filme que se chamou “Carolina, Maçãs Crocantes”, no qual eu contava a nossa história por meio de 11 personagens diferentes. Foi um curta de 30 minutos que pouca gente viu, pois não coloquei em nenhum festival, mas foi muito bem recebido nas vezes que foi mostrado na telona. Aí você vai me perguntar: “depois desse filme, ela reatou o namoro?” e eu respondo: NÃO. Mas no filme o casal termina junto. Isso que é bonito no cinema. Você faz da vida o que você quiser e o que você achar mais bonito podendo até se dar ao luxo de corrigir aquilo que na vida real não tem volta."

BC - O que você acha do formato curta-metragem?

"Acho que cada história deve se adaptar ao tamanho dela. Hoje vejo muita gente com a ansiedade de partir logo para um longa-metragem e acabam esticando demais uma história, estragando o que poderia ter sido um excelente curta. Muita gente nos aconselhava a transformar o Mauro Shampoo num longa, afinal tinha mais de 30 horas de gravação e muita coisa boa foi cortada. Eu e o Leonardo recusávamos isso, pois sabíamos que isso não passava de pura vaidade. 22 minutos está mais do que suficiente para contar a história do Mauro Shampoo. É o tempo para as pessoas rirem, se emocionarem e irem para casa com uma boa sensação. Acabei de fazer o “Loki – Arnaldo Baptista”, tenho projetos de outros longas, mas com certeza vou continuar fazendo curtas quando achar que a história se adapta a esse tamanho."

BC - Tanto Mauro quanto Loki são documentários, você considera que essa seja a sua linha de cinema?

"A minha preocupação é sempre buscar uma boa história, seja na vida real ou não. Tenho projetos tanto de ficção como de documentários. Meu primeiro curta foi um filme de ficção baseado na minha própria vida. Shampoo e Loki, por outro lado, representam aquilo que me motiva fazer documentários: histórias reais que, de tão ricas, mais parecem ficção."
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BC - Qual foi a motivação para fazer Loki?

"Em dezembro de 2004, eu fui até Juiz de fora fazer a minha primeira entrevista com o Arnaldo Baptista para um programa do Canal Brasil chamado “Luz, Câmera, Canção!”. Saí de lá fascinado com a personalidade e com a história desse homem que até então eu pouco conhecia. Passei o ano de 2005 preparando o programa, lendo e ouvindo tudo que se referia ao Arnaldo. Quanto mais eu conhecia a sua história, mais eu me apaixonava. Ao mesmo tempo, não conseguia compreender como um artista tão importante para a nossa cultura tinha vivido esse tempo todo tão esquecido e com seu valor diminuído pela mídia. O episódio foi ao ar no final de 2005. Apesar da ótima repercussão, foi meio frustrante ver uma vida tão cheia de acontecimentos ser resumido em apenas 30 minutos. Foi quando, junto com o produtor executivo André Saddy, tivemos a idéia de expandir o projeto para o que, no final se tornou o primeiro longa-metragem produzido pelo Canal Brasil."

BC - Quanto tempo o filme levou para ficar pronto, desde a idéia até as salas de cinema?

"Depois que o programa foi ao ar, foram mais dois anos e meio de trabalho árduo até a primeira exibição no Festival do Rio. Durante esse tempo, acompanhamos a vida do Arnaldo, remexemos em arquivos de imagem, entrevistamos pessoas que fizeram parte da história de vida dele, garimpamos materiais inéditos. Juntamos tudo para fazer um filme que fosse além de tudo o que já foi contado sobre o Arnaldo. Um filme que eu, como admirador e como pesquisador da história da música, gostaria de ver."

Último CINECLUBE ABDeC-RJ de 2008

Foto do filme - Maridos, Amantes e pisantes - de Angelo Defanti


Nesse sábado - dia 13 - às 16h
Rua: São Clemente, 134 - Botafogo
Entrada Franca - Estacionamento Grátis
Classinficação: 10 anos

Sessão: CURTAS CARIOCAS


Transposição, de Dario Goulart, 2007, 7 minutos
Chifre de Camaleão, de Marão, 2000, 6 minutos
Boca a Boca, de Allan Ribeiro, 2003, 17 minutos
Maridos, Amantes e Pisantes, de Angelo Defanti; 2008, 12 minutos
Noite de Serão, de Fernando Secco, 2008, 15 minutos

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

10 Centavos



Brasil - 2007 - 19 min
Diretor: Cesar Fernando de Oliveira
Elenco: Fernando Fulco, Frank Magalhães, Jorge Junior, Narcival Rubens, Paulo Prazeres, Stela Voutta

Sinopse: Um dia na vida de um garoto que mora no subúrbio ferroviário de Salvador e trabalha como guardador de carros no centro histórico.

Para ler a entrevista que o BLOG CURTAS fez com o diretor Cesar Fernando de Oliveira - clique nos links:
http://blogcurtas.blogspot.com/2008/07/primeira-parte-entrevista-com-cesar.html
http://blogcurtas.blogspot.com/2008/07/segunda-parte-entrevista-com-cesar.html

Brasília (Título Provisório)

Foto do filme - Brasília (Título Provisório)

(Brasília (Título Provisório), BRA, 2008) - Comédia - 15 min
Direção: J. Procópio
Roteiro: J. Procópio
Elenco: Eduardo Moraes, Similião Aurélio, Thiago Fragoso, Nara Faria, Chico Sant'Anna, Delvinei Santos, Sérgio Fidalgo, Allice Bombom, Nonato Dente de Ouro

Por Cecília Barroso - www.cenasdecinema.com

Com um roteiro muito criativo vemos um diretor querendo dar um jeito de filmar uma Brasília que não chegou a ser, abandonada pelos candangos antes do fim das obras. Os exploradores destas terras são um arqueólogo, uma arquiteta e um documentarista. Os personagens não são tão desenvolvidos, mas a história divertida desce redondinha e não fica abalada com tanto vai e vem, pelo contrário, fica mais interessante. Os atores são ótimos, mas talvez algumas coisas só funcionem para quem vive na capital e conheça muito bem as figuras e lugares da cidade. Como eu sou nativa, não posso avaliar muito bem. Outro ponto alto do filme são as soluções utilizadas para dar ritmo e diminuir custos, como imagens antigas e animação, mas a coisa mais impressionante é que toda a maluquice, com começo, meio e fim, consegue ser contada em apenas quinze minutos. A única coisa que me incomodou um pouco foi a câmera meio nervosa no começo, mas que se equilibra depois. Uma ou outra cena também poderia ser menos explorada, mas nada que comprometa o resultado. Boa opção para dar boas gargalhadas, principalmente se você for brasiliense. Quem gosta de curtas não pode perder.

Um Grande Momento - O veredito final.

O filme recebeu no Festival de Brasília o prêmio pelo Júri Popular de Melhor curta-metragem em 35mm

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Primeira Parte - Entrevista com Paulo Fontenelle

Foto do filme Mauro Shampoo - direção de Leonardo Cunha Lima, Paulo Henrique Fontenelle
O BLOG CURTAS entrevistou o diretor Paulo Fontenelle sobre a produção do documentário que conta a história de Mauro Shampoo, cabelereiro e ex-jogador de futebol que ficou famoso por jogar no Ibis Sport Club conhecido como o Pior Time de Futebol do Mundo.
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BC - Como surgiu a idéia do argumento de Mauro Shampoo? O que te motivou a fazer o filme?

"Eu tinha acabado de fazer o meu primeiro curta-metragem de ficção e estava completamente sem dinheiro. Um dia numa conversa com o meu amigo Leonardo Cunha Lima, que tinha sido um grande companheiro nesse primeiro filme, ficamos bolando um próximo projeto. Como estavámos sem reservas financeiras, ficamos buscando uma maneira que fosse possível realizar algo com pouco dinheiro e uma equipe reduzida. Pensamos em um documentário, apesar de que a nossa vontade era fazer mais um filme de ficção. O plano, então, foi fazer um documentário sobre algum tema que fosse surreal demais para ser verdade. Foi quando veio a nossa cabeça a história do Ibis, um time que, no país do melhor futebol do mundo, entrou para a história como o “pior de todos”. Passamos dois anos pesquisando a história do time, de seus personagens e casos folclóricos com a intenção de fazer um longa-metragem. Como não conseguimos arrecadar dinheiro suficiente para um longa, resolvemos começar o projeto com um curta independente, feito do nosso próprio bolso sobre o jogador símbolo do time."

BC - Como foi a produção do curta? Foi fácil realizar o filme?

"Não tínhamos dinheiro nem equipamento. Pegamos duas câmeras emprestadas, um microfone quebrado e várias fitas Dvs recicladas. Usamos nossas milhas de viagem e fomos para Recife, onde ficamos praticamente um mês hospedados na casa da família da produtora do filme, Daniele Abreu e Lima. Filmamos mais de 30 horas de material. Quando voltamos para o Rio, ficamos com o material parado por vários meses, pois não tínhamos tempo devido aos nossos trabalhos. Até que o Leonardo recebeu uma proposta de ir morar na Nova Zelândia, então tivemos que apressar as coisas, pois corríamos contra o tempo. Editamos o filme na casa da editora Tainá Diniz, durante um mês. O meu amigo Oswaldo Montenegro fez a trilha sonora e editamos o som, no estúdio do meu amigo Carlos Toré, durante os quatro dias que antecediam a viagem do Leonardo. No segundo dia de edição de som, a luz do estúdio foi cortada, pois o sócio do Toré esqueceu de pagar a conta. Desmontamos todos os equipamentos e transformamos um quarto da minha casa em estúdio. No final, conseguimos e entreguei o DVD com o filme para o Leonardo praticamente na sala de embarque. A partir daí, foi uma longa espera para poder apresentá-lo nos festivais. Ele já tinha sido rejeitado em três festivais quando veio a notícia de que por um erro de informação na inscrição, o filme tinha ficado de fora do Festival de Recife. Isso me causou um desânimo enorme e pensei até em desistir de fazer uma carreira com o filme, afinal Recife sempre foi o nosso grande objetivo, por todo lado emocional e pelo tema ligado a cidade. Eu não conseguia entender tanta recusa por parte dos festivais. Acabei indo para o Recife mesmo assim para tentar uma exibição hour concours, ou alguma forma de mostrá-lo ao povo recifense, principalmente o próprio Mauro. Chegando lá, eu e Mauro Shampoo montamos uma banca de cabeleireiro na porta do Centro de Convenções, onde eram exibidos os filmes. Fizemos isso nos três últimos dias do Festival. As pessoas que iam entrar no cinema ficavam curiosas em saber quem era aquele maluco vestido de jogador cortando cabelo das pessoas de graça e anunciando um filme que não estava no festival e que ninguém ia ver. Essa tática ecoou tanto que o filme acabou sendo exibido na noite de encerramento do festival para quatro mil pessoas, sendo aplaudido de pé no final da sessão. Mauro chorava muito. Foi um momento de grande emoção. Isso gerou uma repercussão enorme e dez minutos depois, na própria sala de exibição, já tínhamos sido convidados para outros quatro festivais. Logo depois veio o Festival do Rio, no qual o filme se consagrou recebendo três troféus. Depois, foram mais de 20 outros prêmios nos festivais do Brasil e do mundo."

BC - Você já conhecia Mauro dos tempos em que ele era jogador de futebol?

"Não, mas me lembro de quando eu tinha 12 anos de me divertir com matérias que passavam no Globo Esporte falando da existência do “pior time do mundo”. Quem diria que mais de vinte anos depois eu estaria contando essa história."

Premiados - 12° Festival de Cinema Luso-Brasileiro

Foto do filme Muro - direção de Tião
CURTAS-METRAGENS:
.Melhor filme: MURO de Tião
.Prêmio Revelação: THE TILE-JAIL TOILET-TALE de João Rodrigues e Soetkin Verstegen
. Prêmio Especial do Juri: CORRENTE de Rodrigos Areias
.Menção Honrosa do Júri: DREZNICA de Anna Azevedo
.Prêmio da Crítica: CONVITE PARA JANTAR COM CAMARADA STALIN de Ricardo Alves Júnior
.Menção Honrosa da Crítica: A ARQUITETURA DO CORPO de Marcos Pimentel
.Prêmio dos Cineclubes: ALPHA de Miguel Fonseca
.Prêmio do Público: MURO de Tião
.Prêmio 2: Onda Curta: EU E CROCODILOS de Marcela Arantes
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VÍDEOS:
.Melhor Filme: A BELA P... de João Marcos de Almeida
.Prêmio do Público: TRIANGULUM de Melissa Dullius e Gustavo Jahn
.Menção Honrosa Júri STFT - VAMPIRO DO MEIO-DIA de Anita Rocha da Silveira

ENTRE TODOS - 2° Festival de Curtas-Metragens de Direitos Humanos


Programação de Hoje

Terça-feira, 09/12 - AUDITÓRIO
-16hs - ENTRETODOS NA CABEÇA - curtas em competição
- 18hs - ENTRETODOS NA VIDA - curtas em competição
- 20hs - Debate: Filmes do Festival e os Direitos Humanos com a presença do júri

SALA DE OFICINA
- 14hs: Oficina de trilha sonora ao vivo e construção de instrumentos com FERNANDO SARDO – ENSAIO DE COMPOSIÇÃO PARA UM OU MAIS CURTAS SELECIONADOS
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Promovendo a discussão de temas relacionados com os direitos humanos, a segunda edição do festival teve entre os integrantes do júri de seleção Carla Camurati (presidente do júri), Fernando Meirelles, Rappin Hood, Cláudio Tozzi e André Goldman.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Mauro Shampoo - Jogador, Cabelereiro e Homem

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Diretor - Leonardo Cunha Lima, Paulo Henrique Fontenelle
Ano - 2005
Duração - 20 min
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Sinopse: "Mauro Shampoo, cabelereiro e ex-jogador de futebol, ficou famoso por jogar no Ibis Sport Club conhecido como o Pior Time de Futebol do Mundo."

Festival de Vídeo - Tela Digital

"Já pensou em exibir seus vídeos na TV?"
Está chegando o Festival de Vídeo Tela Digital. Uma série de programas onde vídeos inscritos pela internet podem ser selecionados para exibição na TV. Você que é da geração tube, que não precisa de glossário quando se fala em upload, add, scrap, Orkut, YouTube. Que descobriu na Internet a possibilidade de exibir sua criação para as pessoas e nunca teve um espaço na televisão. Agora você pode ter. O Festival Tela Digital une a TV Brasil, autora e financiadora da idéia e a Kinoforum, organizadora do festival, promovendo a descoberta de novos olhares e uma troca maior entre a Televisão, a Internet e os produtores audiovisuais independentes. Os programas de televisão Festival Tela Digital serão produzidos pela Kinoforum e veiculados pela TV Brasil / EBC e emissoras que fazem parte da Rede Pública de Televisão a partir de fevereiro de 2009. São 500 reais para cada vídeo exibido na TV, e 60 Mil Reais em prêmios para os melhores vídeos. Para saber mais acesse o site: http://www.teladigital.org.br/

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Dona Cristina Perdeu a Memória


Foto do filme - Dona Cristina Perdeu a Memória
Diretor: Ana Luiza Azevedo
Elenco: Lissy Brock, Pedro Tergolina - 2002, 13 min
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Antônio, um menino de 8 anos, descobre que sua vizinha Cristina, de 80, conta histórias sempre diferentes sobre a sua vida, os nomes de seus parentes e os santos do dia. E Dona Cristina acredita que Antônio pode ajudá-la a recuperar a memória perdida.

forumdoc.bh.2008



O forumdoc.bh dedica-se à exibição, à discussão e ao fomento da produção audiovisual com foco documental. Ao longo de onze edições consecutivas, exibiu quase dois mil filmes, para um público total estimado em 70 mil pessoas. Organizado pela Filmes de Quintal, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, o festival tem suas atividades concentradas, principalmente, no Cine Humberto Mauro, do Palácio das Artes. O festival vai até dia 7 de dezembro.
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PROGRAMAÇÃO DE HOJE:
05/12 SEXTA-FEIRA

19h . LANÇAMENTO - Ver e Poder
Lettre a une Jeune Fille KanaK. 17'
Jean-Louis Comolli
Comentário: César Guimarães, Ruben Caixeta, Oswaldo Teixeira, Augustin Tugny
20h . LANÇAMENTO - Devires vol.5, nº1 - Dossiê Pedro Costa
Tarrafal . 17' - Pedro Costa
Comentário: Jair Fonseca

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Terceira Parte - Entrevista com Rafael Saar

Foto do filme Depois de Tudo - direção de Rafael Saar
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Terceira parte da entrevista com Rafael Saar que dirigiu o curta-metragem Depois de Tudo com Nildo Parente e Ney Matogrosso.

BC - Qual a importância de um festival voltado para a diversidade sexual?

"Os festivais temáticos são interessantes por reunir produções e um público que tem afinidades, e é um lugar onde as trocas podem ser realizadas. Um festival de diversidade sexual não é diferente, e traz à tona discussões pertinentes sobre as representações sexuais que são ainda muito limitadas."

BC - Você pensa em dirigir um longa? Já tem algum projeto em mente? Se não, qual é seu próximo projeto cinematográfico?

"Por enquanto estou com o projeto de um documentário sobre a cantora Baby do Brasil (ex-Consuelo). É um projeto que está ainda muito no início mas que será minha primeira experiência com longa-metragem."

BC - Você ficou satisfeito com o resultado final de “Depois de Tudo”?

"Talvez seja o trabalho que eu tenha mais orgulho do produto final, assim como o “Pintinho” e o “Medo da eternidade”, que não tiveram uma carreira de festivais extensa e nem muitos prêmios, mas que gosto muito do resultado. O “Depois de tudo” tem dado bons resultados e está tendo algo que eu não conhecia que é a opinião de muitas pessoas sobre o trabalho."

BC - Qual cineasta tem um trabalho que você admire?

"O cinema que mais identifico é o que o Pasolini chama de cinema de poesia. Incluo o próprio Pasolini, Bertolucci, Tarkovski, Kieslowski, Leon Hirszman, Godard ..."

BC - Como está a carreira do “Depois de Tudo” nos festivais? Qual é a reação do público nas diversas mostras? As pessoas vêm falar com você depois da exibição?

"O filme está com uma carreira boa, ganhou prêmio nos 3 festivais que enviei e as pessoas eventualmente vêm falar comigo. Ainda há um estranhamento ao fato de o filme ser escuro e eu ter tido problema em todas as projeções."

BC - Os atores ficaram felizes com o resultado do filme?

"Até onde sei eles estão felizes com o resultado. Nildo ganhou prêmio de ator nos 3 festivais que concorremos e Ney em um deles. O Ney diz que pra ele é um ótimo exercício de contenção, de exploração de algo que ele não usa no trabalho como cantor."

BC - Se você fosse resumir a relação desses personagens em poucas palavras, o que você diria? Eles se amam? Por que não podem ficar juntos?

"Eles se amam, são felizes e estão juntos."

Curta Petrobras às Seis

Peixe Frito - de Ricardo de Podestá
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PRODUÇÃO BRASILEIRA DE CURTA-METRAGEM TEM LUGAR GARANTIDO NA TELONA

A partir do dia 5 de dezembro, a nova edição do Curta Petrobras às Seis estará em cartaz em Niterói, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Juiz de Fora, São Paulo, Guarulhos, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Natal, Fortaleza, Recife, Aracajú, Salvador, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, além de estrear nas cidades de Campinas, Santos e Vitória, totalizando 20 municípios e 22 salas. Com a exibição diária de curtas-metragens, com salas e horários fixos, quatro semanas garantidas nas telas de cinema. O Projeto que teve início em 1999 com apenas uma sala, hoje já levou ao cinema mais de 460 mil espectadores em 20.740 sessões pelo país e proporciona ao público o acesso a uma produção que normalmente só teria espaço em festivais de cinema.

O Curta Petrobras às Seis, levará ao conhecimento dos cinéfilos o trabalho de cineastas que muitos ainda não conhecem, e que poderá ser visto tanto pelo público infantil, como os curtas “Juro Que Vi: Matinta Perera”, de Humberto Avelar, e “Peixe Frito”, de Ricardo de Podestá, como por adultos que queiram, por exemplo, conhecer trabalhos premiados, como “Pixinguinha e a Velha Guarda do Samba”, de Thomaz Farkas e Ricardo Dias, ou “No Princípio Era o Verbo”, de Virgínia Jorge.

O cinéfilo que acompanhar todas as programações do Curta Petrobras às Seis terá visto, gratuitamente, até o final da temporada, em novembro de 2009, 84 filmes, agrupados em programas temáticos, que permanecerão em cartaz durante 26 dias em cada cidade. Em Salvador o projeto faz parte da programação inaugural do Espaço Unibanco Glauber Rocha, que abre para o público no dia 5 de dezembro. Para conferir a programação entre no site: http://www.curtaasseis.com.br/

Cartas da Mãe - Sessão Porta Curtas



Cartas da Mãe
Diretor Fernando Kinas, Marina Willer
Ano 2003
Duração 28 min



Cartas da mãe é uma crônica sobre o Brasil dos últimos 30 anos contada através das cartas que o cartunista Henfil (1944/1988) escreveu para sua mãe, Dona Maria. Estas cartas, publicadas em livros e jornais, são lidas pelo ator e diretor Antônio Abujamra enquanto desfilam imagens do Brasil contemporâneo. Política, cultura, amigos e amor são alguns dos temas que elas evocam, criando um diálogo entre o passado recente do Brasil e nossa situação atual. Artistas, políticos e amigos de Henfil, entre eles o atual Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o escritor Luis Fernando Veríssimo, os cartunistas Angeli e Laerte e o jornalista Zuenir Ventura, falam sobre a trajetória do cartunista dos anos da ditadura militar até sua morte. Animações inéditas de seus cartuns complementam o documentário.

Clique aqui para assistir ao filme

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

CACHAÇA - HOJE


Mais uma sessão do Cachaça Cinema Clube - hoje - ODEON - 21h

Segunda Parte - Entrevista com Rafael Saar

Foto do filme Depois de Tudo - na foto Ney Matogrosso e Nildo Parente


Segunda Parte da entrevista com Rafael Saar, diretor do curta Depois de Tudo.

BC - Foi complicado dirigir um ator tão experiente como Nildo, e uma personalidade tão conhecida como Ney? Fale um pouco sobre essa experiência.

"Dirigir atores experientes não é complicado quando você sabe e consegue mostrar exatamente o que quer fazer. A partir daí, e foi assim no meu caso, eles puderam acrescentar o máximo naquela proposta. É muito importante esse posicionamento do diretor e dos seus objetivos para os atores. Ney quis saber sempre tudo que estava se passando desde a pré-produção, passando pela filmagem, o posicionamento da luz, etc, até hoje, na repercussão do filme."

BC - Qual é o significado do móbile de pedras azuis no curta? Era mesmo uma referência ao “A Liberdade é Azul”? Se sim, qual é a relação entre os dois filmes?

"O móbile de pedras azuis é uma referência clara visual ao filme do Kieslowski. Foi um objeto que construímos antes da idéia do meu filme, e que no “A liberdade é azul” é o objeto que ela carrega da antiga casa de sua família. Para mim é como se quando ela tem contato com o móbile, muito do que se passou antes daquilo tudo vinha à cabeça dela. No “Depois de tudo”, ele representa, assim como outros objetos ao longo do filme, um elemento sensorial, tátil e visual, de subjetivação do personagem do Nildo. São momentos prolongados, e que a intenção era deslocar aquele personagem do que estava acontecendo no momento presente."

BC - O que você quis dizer com o título do filme “Depois de Tudo”, o que seria esse tudo?

"“Depois de tudo” é depois de muita coisa ter acontecido. Ou seja, aquilo não aconteceu apenas naquele dia, mas acontece sempre, e há muito tempo."


BC - A produção recebeu patrocínio de algum lugar, ou foram vocês mesmos que bancaram o filme?

"Tivemos apoio de uma ONG que cedeu os equipamentos e o resto foi todo bancado por mim."

BC - Como você vê o mercado do curta-metragem no Brasil?

"O mercado de curtas-metragens ainda é muito pouco desenvolvido, principalmente no que se refere às políticas públicas. Cada vez mais se produz, e pouco se exibe. Infelizmente é impossível se viver fazendo cinema, e principalmente curtas-metragens. As políticas de incentivo, o público e o próprio realizador ainda vê o curta-metragem apenas como um passo necessário para se chegar ao longa-metragem, como se fosse um status inferior."

BC - Quantos curtas você já dirigiu até agora? Como acha que sua experiência como diretor foi amadurecendo? Você vê coisas nos seus primeiros filmes que não faria novamente se os filmasse hoje?

"“Depois de tudo” foi o sétimo curta que dirigi, escrevi e montei. Acho que o amadurecimento vêm com a experiência de se fazer cinema e ver filmes. Poder estudar e trabalhar com música, teatro, pintura também foi fundamental para este amadurecimento. Hoje eu não faria o que fiz daquela forma, mas principalmente não faria os filmes que fiz (os primeiros). De outro lado, só posso fazer hoje algo diferente porque já fiz daquela forma."

BC - O que você pensa sobre os festivais de cinema no Brasil? Você acha que eles são excessivos?

"É importante que existam muitos festivais, não há outra forma de se exibir os curtas-metragens. Mas ainda acho que os muitos festivais ainda precisam se desenvolver para que o público também cresça e se diversifique. Para que o público destes festivais não seja sempre o mesmo, e principalmente para que não se exibam sempre os mesmos filmes, dos mesmos realizadores."
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Leia também matéria sobre o filme que saiu no site do Terra:

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Trailer - PARA QUE NÃO ME AMES

Que recebeu os prêmios de Melhor Filme e Melhor Direção no 16° Festival Mix Brasil

- Para que não me ames, 2008 - São Paulo - 17 min

- Direção: Andradina Azevedo e Dida Andrade

Sinopse: "Marisco, um homem que nunca disse “eu te amo”, conhece na prisão Vivita, um travesti que insiste em sonhar."

Premiados - 15° Vitória Cine Vídeo

Foto do filme: Trópico das Cabras
Vídeos
- Melhor Vídeo Ficção - O Vampiro do Meio-Dia, de Anita Rocha da Silveira – Rio de Janeiro – RJ
- Melhor Vídeo Documentário - A Tal Guerreira, de Marcelo Caetano – São Paulo - SP / Terrorista, de César Meneghetti – São Paulo - SP
- Melhor Videoclipe - Surprise, Surprise, de Bento Abreu – Vitória - ES
- Melhor Videoarte - Fracasso, de Alberto Labuto – Vitória - ES
- Prêmio Especial do Júri de Vídeo - A Bela P..., de João Marcos de Almeida – São Paulo - SP
- Menção Honrosa - Samba da Saudade, dos Alunos da Rede Publica Municipal de Ensino de Iúna – Vitória – ES
- Menção Honrosa - Muito Além do Chuveiro, de Poliana Paiva – Rio de Janeiro – RJ
- Júri Popular de Vídeo - Perseguição Sangrenta, de Geraldo Lima e Fabíola Melca – Vitória - ES

Filmes
- Melhor filme Ficção - Trópico das Cabras, de Fernando Coimbra – São Paulo - SP
- Melhor filme Documentário - Dreznica, de Anna Azevedo – Rio de Janeiro - RJ
- Melhor filme Animação - Voltage, de William Paiva e Filippe Lyra – Recife - PE
- Melhor Direção - Leonardo Lacca, por Décimo Segundo, de Leonardo Lacca – Recife - PE
- Melhor Fotografia - Lula Carvalho, por Trópico das Cabras, de Fernando Coimbra – São Paulo - SP
- Melhor Roteiro - Leonardo Lacca, por Décimo Segundo, de Leonardo Lacca – Recife - PE
- Melhor Trilha Sonora - Lucas Marcier e Rodrigo Marçal, por Dreznica de Anna Azevedo – Rio de Janeiro - RJ
- Melhor Montagem - Karen Akerman, por Trópico das Cabras, de Fernando Coimbra – São Paulo - SP
/ Eva Randolph, por Dreznica de Anna Azevedo – Rio de Janeiro - RJ
- Melhor Direção de Arte - Fernando Zuccolotto, por Trópico das Cabras, de Fernando Coimbra – São Paulo - SP
- Melhor Produção - Mar de Dentro, de Paschoal Samora – São Paulo - SP
- Melhor Atriz - Rita Carelli, por Décimo Segundo, de Leonardo Lacca – Recife - PE
- Melhor Ator - Irandhir Santos, por Décimo Segundo, de Leonardo Lacca – Recife - PE
- Prêmio do Júri Popular Filme - Engano, de Cavi Borges – Rio de Janeiro - RJ
- Prêmio Especial do Júri de Filme - Ocidente, de Leonardo Sette – Recife - PE
- Menção Honrosa - Tarabatara, de Julia Zakia – São Paulo - SP
- Troféu Jangada (OCIC) - Dia de Visita, documentário de André Luis da Cunha – Brasília - DF
- Menção Especial doTroféu Jangada (OCIC) - Criador de Imagens, de Diego Hoefel e Miguel Freire / Nós Somos um Poema, de Sérgio Sbragia e Beth Formagini

Vencedores - 1ª Mostra ABI dos Estudantes de Cinema



Vencedores do Troféu Fernando Barbosa Lima - da 1ª Mostra ABI dos Estudantes de Cinema:



- Melhor Filme de Ficção: VENTO EM ROUPA DE BALÉ, de Eric Paiva, do projeto Viajando na Telinha
- Melhor Documentário: REMO USAI - UM MÚSICO PARA O CINEMA, de Bernardo Uzeda, da PUC-RJ
- Melhor Animação: COMO COMER UM ELEFANTES, de Jansen Raveira, da UFF
- Melhor Diretor para André Lavaquiel, pelo filme O SOM E O RESTO, da Escola Darcy Ribeiro
- Melhor Roteiro para Alace Santos, Monique Mendonça, Mariana Oliveira, Ricardo Marins e Regina Brizio pelo filme PELEGO VERÍSSIMO, da CUFA
- Melhor Fotografia para André Lavaquiel e Bruno Diel pelo filme O SOM E O RESTO, da Escola Darcy Ribeiro
- Menção honrosa para o filme ELE, de alunos da rede municipal de ensino de Vitória / CUFA




Filme ELE - dos alunos da rede municipal de Vitória

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Primeira Parte - Entrevista com Rafael Saar

Foto do filme Depois de Tudo - direção Rafael Saar

O BLOG CURTAS entrevistou o diretor Rafael Saar, que está no circuito dos festivais com o curta Depois de Tudo.

Sinopse: "Depois da despedida, a espera. Depois da espera, a volta. Depois de tudo, o que mais querem é estar juntos, e um dia basta para que esperem pelo próximo."

BC - Como surgiu a idéia para o roteiro de “Depois de Tudo”?

"A idéia inicial era mostrar personagens e uma relação ainda inédita no cinema, a relação de dois homens maduros. Pelo menos no que eu conheço isso ainda é um tabu. E apesar de ser muito freqüente e natural ainda estava fora das representações, especialmente de personagens gays no cinema."

BC - Você escreveu o roteiro já com os atores em mente?

"O roteiro não foi escrito para os atores, mas acho que poderia ser uma possibilidade. Escrevi o roteiro em apenas um dia e na mesma semana o Ney e o Nildo toparam estar no projeto. Filmamos na semana seguinte, em um dia."

BC - Como foi feito o convite para o Ney e para o Nildo?

"Ney eu conheci no meu filme ainda inacabado “Homem-ave”, no qual ele faz a narração e é o personagem central. Nildo me foi apresentado pela atriz Isabella, e não tínhamos nenhum contato. Ele leu o roteiro e gostou, assim como foi com o Ney."

BC - Conte um pouco como foi a produção do curta - da idealização a conclusão. Li que vocês filmaram em 1 dia. Como foi isso?

"Tínhamos uma disponibilidade apertada dos atores e isto fez com que optássemos por fazer o filme em apenas um dia. A filmagem era relativamente simples, com três núcleos dentro de um apartamento. Tivemos um encontro com os atores antes da filmagem, e ali lemos o roteiro e conversamos. Não houve ensaios e acho que isso contribuiu para a linguagem que estávamos investindo. Neste período entre o fechamento do roteiro e a filmagem, passamos muito tempo dentro do apartamento trabalhando o cenário que tem uma importância muito grande na narrativa. O personagem do Nildo Parente mora no apartamento há bastante tempo, por isso criamos uma relação muito próxima do personagem com o espaço e os objetos. Daí a necessidade de conhecermos aquele apartamento muito bem.
Não trabalhamos com uma decupagem prévia, e conseguimos fazer tudo que nos propusemos a fazer, menos um plano que seria o único de fora do prédio e não aconteceu por causa do tempo apertado e da luz. Grande parte da equipe nunca tinha trabalhado comigo e isso acrescentou muito ao processo na medida em que tive que me adaptar a novas formas de realização.

O filme tem três momentos como eu disse. A chegada, em que ainda existe um distanciamento. Depois eles vêem o filme e passam a noite juntos. No terceiro momento, quando o personagem do Ney vai embora, existe um estranhamento de um personagem que deve partir e ao mesmo tempo deseja ficar, e de outro que tenta estender esta permanência. Na verdade ambos sabem que esta relação é assim há anos, e vivem bem assim.
O que fizemos foi filmar esta cena logo de cara, quando ainda havia um certo distanciamento em relação aos próprios personagens. Depois fomos para a cena inicial da chegada, na cozinha, em que fizemos os planos individuais e a primeira aproximação deles. Por último, fizemos a cena do quarto em que os dois atores já estavam muito mais próximos e cúmplices daquilo que estávamos construindo. Tenho certeza que isso ajudou muito."