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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Café com Leite - 19° Festival Internacional de Curtas de São Paulo


Filme premiado na 58ª edição do Festival de Berlim, Café com Leite (You, Me and Him), curta-metragem dirigido por Daniel Ribeiro, foi realizado através da Lei Rouanet de incentivo à cultura e contou com os patrocínios da Petrobrás e da Lupo. O filme foi rodado em São Paulo, com uma equipe formada por jovens realizadores.

Sinopse: Danilo estava prestes a sair de casa para ir morar com seu namorado, Marcos, quando seus pais morrem num acidente. Seus planos para o futuro mudam quando ele se torna responsável pelo irmão caçula, Lucas. Novos laços são criados entre estes três jovens. Enquanto os irmãos Danilo e Lucas precisam descobrir tudo que não sabiam um sobre o outro, Marcos tenta encontrar seu lugar naquela nova relação familiar. Entre vídeogames e copos de leite, dor e decepção, eles precisam aprender a viver juntos.




O filme teve sua estréia na competitiva 35mm do 40° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em novembro de 2007, teve ótima recepção de público e crítica e levou o prêmeio Aquisição do Canal Brasil. Café com Leite já participou de vários outros festivais. Sua estréia internacional foi no 58º Festival Internacional de Cinema de Berlim, na seção Generation 14plus. O festival é considerado um dos três maiores pontos de encontro do cinema internacional junto com os festivais de Cannes e Veneza. Café com Leite foi premiado com o Urso de Cristal de Melhor Curta-Metragem, como melhor curta metragem dessa seção.
Café com Leite está em cartaz no 19° Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo. No Programa Brasil – Mostra Brasil 01

Raízes Ocas/ Raíces Huecas - 19° Festival Internacional de Curtas de São Paulo

Filme Chileno de Francisca Olaeta e Diego Riquelme, que já foi premiado com a Menção Honrosa no Festival de Cortometrajes de Aconcagua, Aconcagua, 2007 e Melhor ficção e Melhor fotografia, FESANCOR, Santiago, 2007, está em cartaz no 19° Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo - na Mostra Latino Americana - Latinos 3.


Sinopse: Catalina tem uma relação distante com seu obsessivo pai. Com a chegada de um coelho, surgem emoções diferentes que revelam a verdadeira identidade dos dois. Uma história poética na qual problemas ocultos são trazidos à tona.

Ficha Técnica:
Título: Raíces Huecas
Dirección: Mª Francisca Olaeta – Diego Riquelme
Lenguaje: EspañolPaís: ChileAño: 2007
Duración: 20 Min
Formato: 16 mm
Personajes: - Bernardita Montero (Catalina)- Agustín Moya (Robinson)
Guión: Mª Francisca OlaetaProducción Ejecutiva: Sebastián Parot - Francesca Franchini
Música: Jorge Aliaga
Asistencia de Dirección: Francesca Franchini
Dirección de Fotografía: Christian Copaja
Dirección de Arte: Martín Arriagada - José Castillo
Montaje: Christian Copaja – Diego Riquelme
Producción en Terreno: Norma Figueroa
Producción Técnica: Rieko ShinomiyaSonido: Piero Medone
Cámara: Waldo Morales
Continuidad: Fabiola Cáceres
Asistente de Producción: Ítalo Vergara

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Medo da Eternidade - 19° Festival Internacional de Curtas de São Paulo

No Programa Cinema em Curso - na sessão Cinema em Curso 03

28/08 -19H00 - Cinusp
30/08 - 16H00 - Centro Cultural São Paulo


Filme de Rafael Saar da Costa e Pedro Metri
Brasil - RJ - UFF, 2008- Ficção - 9' - Cor/ Vídeo

Sinopse: Ela jamais esqueceu seu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

Roteiro: Pedro Metri, Rafael Saar da Costa
Fotografia: Thais Grechi
Direção de arte: Juliana De Bonis
Montagem: Rafael Saar da Costa, Pedro Metri
Música original: Luciano Leite Barbosa
Elenco: Tainá Vasconcellos, Patrícia Pillar, Renata Wermesdorf
Som direto: João Pedro Sá
Contato: rafaelsaar@gmail.com

Mostra: Carta Branca ao Submarino Vermelho

Dentro do 19° Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo acontece uma mostra denominada Carta Branca ao Submarino Vermelho, com filmes que relacionam-se a idéias políticas que foram pichadas em 68, mas que circulam desde antes e até hoje fazem sentido. São 6 programas com curtas de diversos países, sempre algum mais antigo que dialoga com os novos. Alguns dos filmes foram realizados por membros do coletivo Submarino Vermelho, composto por estudantes de cinema, artes plásticas, design e militância política.

“O festival aproveita o aniversário de 40 anos do simbólico ano de 1968 e exibe 381 filmes, de 54 países, sob a temática Política Viva. A idéia é relacionar filmes antigos e produções recentes que tratem de militância e liberdade de expressão. “Algumas mostras com esse tema estavam muito presas ao passado. Nossa missão é fazer uma ponte com o presente, puxando ligações escondidas ou esquecidas entre as épocas”, diz Rica Saito, um dos participantes do coletivo Submarino Vermelho, que, depois de um convite da diretora do festival, Zita Carvalhosa, assume a curadoria da mostra.”
– trecho da matéria da Carta Capital de 15/08/2008.

Para conferir a matéria completa acesse:



Nessa quinta feira acontece uma festa no CANIL_Espaço Fluxus de Cultura da USP, trazendo a Cinecatarse, com projeções do Nucleo de Comunicação Alternativa, performances, e a Banda do CANIL. Para saber mais acesse o blog: http://canilcultura.blogspot.com/

Programação da Mostra: Carta Branca ao Submarino Vermelho

4ª às 18h
- Cinemateca, sala Petrobrás + DEBATE
CARTA 6 -
Fechar as ruas, abrir os horizontes! - total: 80'
. Now!, Santiago Alvarez (Cuba), 1963, 4'
. Quinze Centavos, Marcelo Pedroso, 2005, 12'
. Me matan si no trabajo, si trabajo me matan, Raymundo Gleyzer (Argentina), 1974, 10'
. ¡Fusil, Metralla! ¡El pueblo no se calla!, Edwin Villca Gutiérrez e Rudy Menacho Monzón (Bolívia), 20'
. Morena, Mal de Ojo TV (Oaxaca, México), 2006, 17 '
. Construção, Maria Gutierrez, 2006, 9'
- Cine Olido
CARTA 4 -
Se as eleições pudessem mudar, há muito teriam sido proibidas -
total: 67'
. Maranhão 66, Glauber Rocha, 1966, 10 '
. On vous parle du Brésil: Carlos Marighela, Chris Marker (França), 1970, 17 '
. Espetáculo Democrático, Guilherme César, 2003, 40'

5ª às 16h - Cinusp + DEBATE
CARTA 5 > Cuidado com seus ouvidos, eles têm paredes -
total: 78'
. Fim do Homem Cordial, Daniel Lisboa, 2004, 4 '
. Liberdade de imprensa, João Baptista de Andrade, 1967, 26'
. Mamãe eu fiz um super 8 nas calças, Carlos Zílio, 1979, 1'
. Queremos as ondas do ar, Francisco César Filho e Tata Amaral, 1986, 11'
. Cordel da TV Digital, Ventilador Cultural, 2006, 6'
. Barraco da Globo, Videohackers e CMI Brasil, 2003, 6'
. Na real do Real, Karina Santos - Favela Atitude, 2008, 10'
. Xuxa em Chamas, Daniel Lima, 2003, 2'
5ª das 22h em diante no CANIL_Espaço Fluxus de Cultura da USP
CARTA CORINGA
Sessão surpresa de filmes, show catártico com a Banda do Canil, projeções ao vivo: FESTA!
infos:
http://canilcultura.blogspot.com/

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Mostra Latino Americana - 19° Festival Internacional de Curtas de São Paulo

Foto do filme: Uma Bicicleta de Sal - direção de Trinidad Lemos


A Mostra Latino-Americana faz parte do 19° Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo. Esse ano a mostra conta com a presença de filmes que representam 11 paises latinos. Foram 30 curtas escolhidos que se dividem em 5 programas. Em alguns deles é possível se surpreender com paisagens belíssimas, pouco vistas no cinema, como o deserto de sal de Salta, na Argentina, os vales dos Andes peruanos e a costa caribenha colombiana. Um desses filmes é o argentino: Uma Bicicleta de Sal, filme de Trinidad Lemos que fala de Rinconadillas, uma cidade de bicicletas e crianças, no norte da Argentina. Durante o dia, as bicicletas saem. E com elas o sonho de Ceferino de aprender a andar em uma. O que as crianças podem fazer para realizar seus sonhos?
A mostra não expõe apenas as diferentes culturas dos paises latinos, ela mostra a evolução individual de cada país em relação a sua cinematografia.
Para conferir a programação da mostra latina acesse:
http://www.kinoforum.org.br/curtas/2008/programa.php?c=202&idioma=1

19 ° Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo - Gustavo Taretto

Foto do filme: Paredes Vizinhas - dirigido por Gustavo Taretto


Começou no dia 22 de Agosto o 19° Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo. O Festival vai até dia 29 de Agosto. Dentre os Programas Especiais do Festival está o programa: Gustavo Taretto: CINEMA E ESPAÇO URBANO. Quatro curtas-metragens de Gustavo Taretto serão exibidos: Cem Pesos, Insolação, Hoje Não Estou e Paredes Vizinhas. Taretto, cineasta argentino, nasceu em Buenos Aires em 1965, estudou música, fotografia, roteiro e direção cinematográfica. A obra de Gustavo busca explorar a cidade de Buenos Aires como personagem principal em seus curtas. E a cidade transita entre o protagonismo e o antagonismo. Taretto começou na publicidade e realizou campanhas para grandes empresas como a Coca-Cola. Seus curtas-metragens já lhe renderam mais de 40 prêmios em festivais internacionais. Medianeras/ Paredes Vizinhas mostra muito bem essa relação entre a paisagem de Buenos Aires e os filmes de Taretto. Curta em 35mm, de 28 minutos, fala de um homem e uma mulher, em Buenos Aires, que vivenciam a mesma solidão, a mesma neurose. Moram até em apartamentos parecidos, mas não conseguem se encontrar. A mesma coisa que os une, os separa: a parede. Medianeras foi premiado pela TVE. Para conferir o Programa: Gustavo Taretto: CINEMA E ESPAÇO URBANO – acesse:
http://www.kinoforum.org.br/curtas/2008/programa.php?c=206&idioma=1

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Cine Jornal FBCU 7 de Agosto de 2008

Booker Pittman e Satori Uso - filmes de Rodrigo Grota

Foto do filme: Booker Pittman - direção de Rodrigo Grota

Satori Uso teve seus poemas traduzidos para o português na extinta coluna ''Leitura'' da Folha de Londrina, em 1 de setembro de 1985, pelo escritor Rodrigo Garcia Lopes. Tamanha foi a repercussão do poeta com seus haicais que incitou, até a curiosidade e comentários elogiosos de Paulo Leminski. Porém, em uma mesa de bar, Garcia Lopes confessou para o cineasta Rodrigo Grota que Satori Uso era, na verdade, uma figura fictícia. Surgia assim a idéia para o filme “Satori Uso”, um falso documentário, sobre um falso poeta dirigido por um falso diretor. O filme, uma produção da Kinoarte em 35 mm, é um suposto recorte de um documentário não acabado feito pelo cineasta Jim Kleist. É o próprio Kleist que narra a história, na voz do diretor de arte José de Aguiar. Satori Uso é o primeiro filme da trilogia do esquecimento. Trilogia que se passa na Londrina da década de 50. O segundo filme dessa trilogia é baseado na vida do jazzista Booker Pittman, o filme de mesmo nome do músico, foi um dos vencedores desse ano no festival de Gramado. Booker Pittman continua brincando com a realidade, e em alguns momentos durante o filme você se pergunta se na tela se passa um documentário, ou um filme de autor. O curta não conta de forma narrativa a história do jazzista, é, ao invés disso, composto de forma fragmentada por passagens significativas na vida de Booker Pittman. O filme causa uma abstração no público, que o acompanha até o final da exibição. Booker Pittman é um filme musical na estrutura, no argumento, no resultado final. Segundo Rodrigo Grota, “as músicas exercem um papel duplo nesse filme: elas direcionam a emoção do espectador, e ao mesmo tempo oferecem informações sobre as cenas e os personagens”. - fonte: portal Jornal de Londrina do dia 10/08/2008

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Cine Jornal FBCU 2008

Cobertura - Expresso Coletivo

Sobre a oficinca de crítica e sobre a mostra competitiva 3

Noite de Serão - FBCU

Trailer do filme Noite de Serão - direção: Fernando Secco

Filme dirigido por Fernando Secco é o último de uma trilogia da qual já faziam parte os filmes Hora Extra e Fim de Expediente. Noite de Serão tem roteiro de Marco Borges. A trilogia mostra o cotidiano de cinco amigos, que não trabalham e se encontram na esquina de uma rua para conversar e matar o tempo. O filme se sustenta nos diálogos dos atores e mostra de forma inusitada, como cincos homens de meia idade passam seu tempo sentados em um sofá. Noite de Serão se passa durante um dia na vida dos personagens, desde o momento em que eles chegam e vão buscar o sofá, até o momento em que cai a noite e eles vão embora. O curta possui alguns planos muito bonitos da paisagem do subúrbio, onde a história se passa. No plano inicial é mostrada uma ladeira, na qual o personagem vem descendo até se aproximar da câmera. Um outro plano também nesse estilo, mostra um trem que passa ao fundo, no alto, margeado por duas construções. A paisagem trabalhada como pintura viva dentro do filme. Com trilha sonora original de Gustavo Loureiro, boas atuações, ótima direção de arte de Ananda Frazão e uma direção na medida de Fernando, Noite de Serão é um curta com um ótimo resultado final.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Vencedores de Gramado


CURTA METRAGEM:

Melhor filme: Areia de Caetano Gotardo
Melhor Diretor: Jaime Lerner pelo filme Subsolo
Melhor Ator: Augusto Madeira pelos filmes Blackout e Noite de Domingo
Melhor Atriz: Malu Galli pelo filme Areia
Melhor Roteiro: César Cabral e Leandro Maciel por Dossiê Rebordosa
Melhor Fotografia: Heloisa Passos por Areia
Premio Especial do Júri: Booker Pittman de Rodrigo Grota
Melhor Diretor de Arte: José de Aguiar pelo filme Booker Pittman
Melhor Música: Booker Pittman pelo filme Booker Pittman
Melhor Montagem: César Cabral e Leandro Maciel pelo filme Dossiê Rê Bordosa
Prêmio da Crítica: Booker Pittman de Rodrigo Grota

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

8ª GOIÂNIA MOSTRA CURTAS


8ª GOIÂNIAMOSTRACURTAS
de 7 a 12 de Outubro de 2008
A inscrição de filmes vai até dia 20 de Agosto
- os curtas deverão ter no máximo 30 min.
- e ter suporte de exibição em 35mm, 16mm, miniDV ou Betacam
Para se inscrever e saber mais acesse:
http://www.goianiamostracurtas.com.br/home.php

Corpo no Céu - Festival Brasileiro de Cinema Universitário

Foto do filme Corpo no Céu: direção de Luisa Marques


Corpo no Céu mostra de forma muito delicada, como uma adolescente vive seu momento de despedida da casa da mãe, de seus espaços familiares, dos seus amigos e parentes. Sem cenas que aparentem ter diálogos montados, o curta de Luisa Marques, apesar de ser uma ficção, parece registrar momentos espontâneos da vida da protagonista. Com planos bastante longos, o filme dá o tempo necessário para estabelecer essa mudança na trajetória da adolescente. Um dos planos mais bonitos mostra a personagem de lado no carro: a paisagem emoldurada pela janela vai mudando, as cidades, o colorido do céu, que vai escurecendo. Muito bonita também é a cena de transição que mostra a menina caminhando pelo corredor do aeroporto, e ao fundo uma música, que permanece até o final do curta. Corpo no Céu mostra de maneira delicada a dor da menina no momento de se separar da família para se lançar ao mundo. Com uma bela fotografia, atuações na medida, o filme de Luisa é emocionante, sem ser apelativo.

Engano - Festival Brasileiro de Cinema Universitário

Foto do filme ENGANO: direção Cavi Borges


Já pela sinopse percebe-se que o filme de Cavi Borges é, no mínimo, ousado: Um homem. Uma mulher. Uma cidade. Dois planos seqüências. E para um curta de 12 minutos, feito em apenas dois planos, que tem como locação o bairro de Copacabana e o metrô, isso é bastante complicado. Como disse o diretor durante o debate, a melhor tomada do filme não pôde ser usada, porque bem no final do plano um garotinho deu adeus para a câmera. Inconvenientes de se filmar no meio da rua, sem cortes. A história desse homem e dessa mulher começa com um engano. O homem liga para o telefone de Mila por engano, mas antes que ela desligue, ele estende o papo. Os dois conversam e começam a se conhecer. Descobrem que além, de conterrâneos, gaúchos, nasceram no mesmo hospital e moraram em ruas próximas. Descobrem que estudaram na mesma escola de teatro e assim por diante. Os personagens se identificam de tal maneira através de suas coincidências, que, por fim, resolvem se encontrar no metrô. Como Cavi contou no debate os diálogos do filme foram todos criados pelos próprios atores, na base do improviso e de sua experiência de vida. Engano é um filme muito afinado, com ótimas interpretações, boa dose de ousadia e uma trilha sonora que entra nos momentos exatos.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Mais sobre a OZ - Orçamento Zero

Foto da equipe do Filme: Enfiando a Jaca no Balde - Produção OZ


Foto do filme Telepatoman - Produção OZ

Continuação da entrevista com a Produtora OZ - Orçamento Zero - formada por Vitor Leobons, Diogo Leobons e Diego dos Anjos - sobre cinema universitário. Para quem quiser entrar em contato com eles, a OZ também tem um blog: http://blogdaoz.blogspot.com/

7) O que você acha do festival universitário?

A idéia de se ter um festival voltado em sua totalidade para a produção universitária é muito bacana. Porque em todos os outros festivais, as mostras universitárias acabam sempre sendo um acontecimento paralelo e você acaba não tendo a atenção que deveria. No entanto, o conceito de um festival com curadoria, onde se escolhe um filme ou outro é limitador, porque você acaba dependendo dos gostos da equipe curadora. Muita coisa boa acaba ficando de fora...

8) Vocês já realizaram algum filme em película?

Temos uns flashbacks em Telepatoman que são filmados em 16 mm... A gente até gostaria de filmar mais, afinal, nada do que foi inventado até hoje consegue ter a mesma qualidade que a imagem na película tem...

9) Você acha que o digital facilitou a produção dos estudantes?

Não só dos estudantes, mas de todo mundo.

10) Como é a aceitação dos filmes que vocês já produziram em festivais?

Uma das coisas que a gente sempre falou era que os nossos filmes não tem um perfil de filme festival, mas isso pode acabar soando como chororó de derrotado. É melhor a gente pensar como o Spielberg, que logo depois de ganhar o Oscar com a Lista de Schindler, lançado no mesmo ano em que ele fez Jurassic Park. Ele falou que existem dois tipos de filmes: aqueles que você faz pra critica e aqueles que você faz para o público. Se não foi isso, foi algo bem parecido... Enfim, A OZ se encaixa no segundo grupo... Por isso, acho que nossos filmes não têm muita cara de festival... Bom, resumindo, acho que deu pra perceber qual é a nossa relação com festivais né?

11) Você acha que é possível viver de cinema no Brasil?

Tomara...

12) Quais são seus próximos projetos?

Como a gente já disse antes, a OZ ta passando por uma fase de transição e existem vários planos nesse momento... Então, como aqueles ex-big brothers, estamos cheios de projetos pra esse segundo semestre, mas é melhor não comentar sobre eles agora. No entanto, estamos finalizando agora um musical rodado no ano passado, estamos preparando uma campanha pro lançamento e várias coisas vão começar a pipocar sobre ele até o final do ano. Ainda temos dois curtas saindo do forno. O primeiro é uma fábula, já em pré-produção, que vai ser rodada em janeiro do ano que vem e o outro é uma comédia, que surgiu de uma falta que a gente sentia na nossa produção de se falar sobre o universo feminino... Devemos começar a pré dele em breve. E quem sabe, se ainda sobrar tempo, mais uns filmes de bolso...

13) Fale um pouco dos filmes da OZ.

Somos três caras aqui na OZ, que em comum acho que só a amizade, o fato de gostarmos muito de mulheres e beber cerveja... E você pode perceber isso vendo os filmes da gente. São duas linhas completamente diferentes. Uma segue um estilo mais leve, mais pop, com comédias, romances, onde a idéia é divertir, fazer com que você esqueça um pouquinho todos os problemas. No entanto, como cereja desse bolo, sempre tem uma pesquisa de linguagem, uma mistura de estilos, uma costura de várias referências. E tem outra que quer fazer você questionar uma série de coisas. É entretenimento, mas diferente do primeiro, não quer fazer com que você esqueça dos problemas, mas sim discutir e pensar sobre. Mas no final, o que a gente quer com os filmes da OZ é fazer um tipo de cinema que não seja gratuitamente contestador, incomodamente prepotente e apreciado unicamente por um grupo intelectual, mas sim que esteja ao alcance de todo mundo, que possa ser assistido E compreendido pelo maior número de gente possível.

2° Festival Brasileiro em Toronto

Festival de Cinema Brasileiro de Toronto Instituído ano passado, tem como principal objetivo incentivar a distribuição de filmes nacionais no circuito comercial canadense e abrir espaço para profissionais brasileiros.



*Não há distinção de gênero, mas é obrigatória a legendagem dos filmes em inglês.
*Filmes de animação infantil necessitam ser dublados.

Curtas – filmes até 15 minutos
Médias – filmes até 69 minutos
Longas – filmes acima de 70 minutos

O que pode ser inscrito:Trabalhos de todos os gêneros, sem distinção, realizados no Brasil por brasileiros, no exterior por brasileiros ou co-produções, desde que o idioma predominante falado no filme seja o português.
Co-produções gravadas em outro idioma poderão participar desde que selecionados para a Mostra não-competitiva.
Para se inscrever acesse: http://www.brafft.com/homebr.html

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O TESTE - Trailer

Trailer do Filme O TESTE - um filme de Diego dos Anjos

Mais uma produção OZ - Orçamento Zero -Produtora universitária formada por Vitor Leobons, Diogo Leobons e Diego dos Anjos

Romance 38 - Premiado no FBCU

Foto do filme Romance 38 - direção de Vitor Brandt e Vinícius Casimiro


- Destaque pelo Voto do Público, “Romance 38”, de Vitor Brandt e Vinícius Casimiro, da Universidade de São Paulo.

Romance 38 conta história de um sujeito que vive envolto pelo universo de seus contos de ficção. A primeira cena do filme, cheia de planos detalhes, mostra um embate entre o protagonista e um outro homem, em um banheiro imundo. O outro homem termina morto, com a cabeça dependurada no mictório. A cena acaba e o filme passa a mostrar a vida normal de Jorge, ele jantando com a namorada, ele no bar com o amigo. Mas Jorge está sempre com seu caderno à mão escrevendo suas histórias cheias de sangue e violência. Até o momento em que ficção e realidade se confundem, e Jorge tem que encanar seu personagem para lutar contra seu inimigo.

Pintinho - Premiado no FBCU


Foto do filme Pintinho - direção de Rafael Saar


- Menção honrosa, pelo lirismo e a simplicidade, para “Pintinho”, de Rafael Saar, da Universidade Federal Fluminense.

O filme mostra de forma documental a relação de um garotinho, vestido de Batman, com o pintinho que ganhou de presente. A cena inicial do filme é bem bonita. O garotinho e seu animalzinho correndo por um salão de chão preto e branco. E daí por diante o filme mostra como é o dia do garotinho com o seu pintinho. Os dois brincando no parquinho, brincando com outras crianças, até o momento que chega a noite e o garotinho vai dormir. Pintinho é um filme em que a câmera observa mais do que atua. E mostra de forma simples e lírica a relação de um menino com seu animalzinho de estimação.

O Coelho - prólogo: Páscoa - Premiado no FBCU

Foto do filme O Coelho - direção de Daniel "Sakê" Madureira


- Menção honrosa, pelo frescor e a leveza com os quais experimenta a linguagem audiovisual, para “O coelho – prólogo: Páscoa”, de Daniel “Sakê” Madureira, da Universidade Federal Fluminense.

O filme de Daniel “Sakê”, já começa muito bem, com uma animação desenhada pelo próprio diretor. O Coelho fala sobre a paranóia da guerra-fria, que paira entre a cidade de Ares e a cidade de Apolo. Com poucos recursos, esse curta mostra como é possível realizar um bom filme, com uma câmera simples e pouco dinheiro. O diretor que é também o protagonista da trama, fantasiado de coelho, luta contra os bandidos da cidade rival. As cenas de luta são bem feitas, com movimentos de câmera bem interessantes. O diretor/roteirista/ produtor/animador/editor é também ator e realiza muito bem todas as suas funções. O Coelho é um ótimo filme universitário, que experimenta a linguagem audiovisual e mostra que mais importantes que um grande orçamento, são: uma boa idéia e muita vontade de realizá-la.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Sobre a produção da OZ



Trailer do filme Telepatoman - da OZ

Ainda falando sobre cinema universitário, o Blog Curtas entrevistou Vitor Leobons, que junto com Diego dos Anjos e Diogo Leobons, tem a produtora universitária, Orçamento Zero - OZ.

1) Como surgiu a idéia de criar a OZ?

Não sabemos... Quando a gente chegou, ela já estava lá... Mas, alguns boatos dizem que ela surgiu de uma vontade que parecer ser comum à maioria dos alunos de cinema: encontrar um grupo, com idéias e gostos parecidos e se juntar para realizar seus filmes. No próprio curso de cinema da UFF, se você perguntar pra grande maioria dos alunos, todos vão dizer que tem uma “produtora”.

2) Como é a produção universitária na UFF? Caótica... Como funciona?

Na base da boa vontade... Enquanto a Estácio dá R$ 400,00 pra cada produção, a PUC R$ 4.000,00, a UFF te deseja Boa Sorte... Não que isso seja ruim, afinal como um bom pai, ela te cria para o mundo e não fica te paparicando...

3) Vocês fazem os filmes de forma independente, ou utilizam o apoio da faculdade?

A gente faz filme DE forma independente, COM o apoio da faculdade. Durante um determinado momento, a faculdade foi muito importante pra realização dos nossos filmes, no entanto agora, estamos em uma faze de transição é nossa idéia é aos poucos não depender mais da faculdade, e ai sim, nos tornarmos totalmente independentes.

4) Quantos filmes vocês já produziram?

Talvez pelas influências e referências da gente, os nossos curtas tem uma característica de serem complexos, com uma produção grande e dentro desse esquema já fizemos quatro filmes (O Perdedor, 2006; O Teste, 2007; Mais uma história de amor ou as incríveis aventuras do audacioso Telepatoman, 2007; Enfiando a Jaca no Balde, em fase de finalização). Só que a gente percebeu que isso acabava limitando a nossa produção, porque sempre se levava uns seis meses, um ano pra se ter um curta pronto... Então criamos o Projeto Filmes de Bolso da OZ, onde a idéia seria a de elaborarmos roteiros simples, que não precisassem de uma produção muito complexa, pra se conseguir pré-produzir, rodar e montar em no máximo uma semana. Nesse projeto já rodamos três curtas (Acabou a Vaselina, 2007; Total Flex, 2007; Funcionário do Mês, 2008)

5) Vocês pretendem fazer da Orçamento Zero uma produtora que lhes dê alguma forma de renda?

Não... A idéia é que ela seja a nossa principal e única fonte de renda.

6) Como você vê a produção de curtas-metragens universitários no Brasil?

Como a produção de cinema profissional no Brasil... Dependendo sempre mais da boa vontade de todo mundo do que de qualquer outra coisa, sempre depois de cada filme precisando começar do zero novamente e com uma grande dificuldade de se exibir para o público.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Mostra Competitiva FBCU - Sistema Interno - PGM 2

Foto do filme: Sistema Interno - direção: Carolina Durão


“De vez em quando todos os olhos se voltam pra mim...”

O filme de Carolina Durão tem como protagonista uma jovem que é quase todo o tempo vista através das câmeras dos lugares por onde passa. Começa pela câmera do elevador de seu prédio, depois pelas outras do lugar onde trabalha e assim por diante até o término do seu dia. É uma linguagem muito interessante. O filme é construído através das imagens do cotidiano, captadas pelas câmeras espalhadas por todos os lugares. Mostra como esse sistema interno está difundido, e como a vida de uma pessoa pode ser vigiada através dele. Seja pelas câmeras de segurança dos prédios, pelas câmeras de segurança da rua, ou das lojas de conveniência, seja pela webcam do próprio computador. O ponto de vista muda apenas, quando a protagonista volta para casa depois do trabalho. Nesse momento a câmera deixa de ser um elemento presente no filme, para assumir o seu olhar oculto. Não que isso permaneça até o final do curta. Sistema Interno está no programa 2 da mostra competitiva do FBCU.

Mostra Competitiva FBCU - Entrada Para o Sucesso - PGM2

Foto do Filme: Entrada Para o Sucesso - direção de Daniel Bydlowski e Marcos Casilli

“Diretor aspirante deseja expor sua dor em um filme que acaba fazendo sucesso como comédia.”

A animação em 3D de Daniel Bydlowski e Marcos Casilli, alunos da FAAP, conta a história de um diretor de cinema que faz um filme sério, mas que acaba fazendo sucesso como comédia. Mostra de maneira bem engraçada, os conflitos internos do diretor, que se sente culpado por esse sucesso repentino, pois imagina viver uma farsa. O narrador em off, que funciona como alter-ego do personagem, conta a história e traduz os conflitos do diretor, sempre se utilizando da rima. Isso é o que mais contribui para o tom cômico do curta. A animação é muito bem feita do ponto de vista técnico, o que mostra a capacidade dos estudantes de cinema de realizarem trabalhos tão bons quanto os que vemos no mercado cinematográfico e publicitário. Entrada Para o Sucesso está no programa 2 da mostra competitiva do FBCU.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Mostra Competitiva FBCU - Cidade do Tesouro - PGM 2

Foto do filme: Cidade do Tesouro - direção de Célio Franceschet


“Ivan mora no Edifício Cidade do Tesouro. Quando uma série de assassinatos quebra a rotina do local, ele passa a ter proximidade com a mulher que sempre idealizou: a Investigadora de Polícia de seu bairro.”

O filme de Célio Franceschet tem como ator principal Lourenço Mutarelli famoso por suas HQs e também escritor. Entre seus livros, está O Cheiro do Ralo que foi adaptado para o cinema em 2007. Lourenço nunca havia trabalhado como ator, mas como Célio narrou no debate, Mutarelli achou o convite tão inusitado que resolveu aceitar. O protagonista Ivan, ficou perfeito com sua interpretação tímida e com toques de psicopata. A história do filme lembra bastante o estilo das HQs: um psicopata, que se passa por técnico de geladeiras, faz suas vítimas em um antigo edifício residencial. Uma detetive, que tem um programa de TV, começa a investigar o caso e acaba esbarrando com Ivan, morador do prédio e desenhista compulsivo. O filme é bem interessante, e tem seu ponto forte nas ótimas interpretações. Ivan alimenta uma paixão platônica pela detetive Fernanda e faz de tudo para conseguir se aproximar dela. Outro aspecto que vale ressaltar são os desenhos que são inseridos durante o filme, alguns deles do próprio Lourenço. Cidade do Tesouro está no programa 2 da mostra competitiva do FBCU.

Mostra Competitiva FBCU - O Lado de Cá da Porta - PGM 2

Foto do filme: O Lado de Cá da Porta - direção de LUIZA FAVALE

Sinopse: “Homem tem sua rotina pautada pelos sonhos com a vizinha. Ela nunca recebe suas flores.”

A angústia do personagem principal gira em torno do dilema das flores. Ele sempre compra um ramo de flores para entregar à vizinha, mas nunca consegue fazê-lo. E quanto mais o tempo passa, mais angustiado o personagem fica. Isso é transmitido ao público através dos sons e dos sonhos. A respiração ofegante do homem, o barulho de areia que está sempre vinculado aos seus movimentos. Seus sonhos que vão se intensificando e interferindo na realidade, até não ser possível diferenciar os dois. O curta explora cortes muito interessantes. Utilizando-se da parte de trás de um dos objetos de cena, o armário, quando o personagem anda pelo quarto e a câmera o acompanha em travelling, ao passar pelo armário, se transforma e sai com outro figurino. O universo onírico se estabelece, de fato, quando o homem não consegue mais sair de casa, pois a maçaneta se desfaz em sua mão, virando areia. Daí em diante, a porta some e o quarto começa a se encher de água. O Lado de Cá da Porta é um filme bastante artístico que se passa praticamente em um só ambiente, o quarto. E mostra como o personagem estabelece uma prisão dentro dele mesmo. O curta de Luiza Favale está no programa 2 da mostra competitiva do FBCU.

Mostra Competitiva FBCU - Praia de Botafogo - PGM 2

Foto do filme Praia de Botafogo - dirigido por Flora Dias


“Um homem e seu barco entram na imagem mais famosa do Rio de Janeiro para tentar enxergar de dentro dela.”

Algumas pessoas disseram que o filme dirigido por Flora Dias, lembra o famoso filme de Mário Peixoto, Limite. Imagino que essa comparação se dá, principalmente, pela estética do filme: a imagem em preto e branco, e o negativo riscado. A semelhança com o filme de Mário está também na locação, a praia e o barco. Mas como a diretora disse no debate, nada disso foi premeditado. A opção pelo PB, aconteceu porque Flora, que tem formação em fotografia, imaginava que as cores ficariam muito bonitas no preto e branco, e realmente ficaram. A aparência antiga da película ocorreu por um erro no momento da revelação, o estúdio acabou riscando o negativo, e para não perder o trabalho, Flora decidiu incorporar isso ao filme. O curta de apenas 4 minutos, filmado em super 8, resultou em um filme com imagens poéticas. E com um final ainda mais emocionante, a câmera vai se afastando do personagem e começa a música. O solo de violão, que dura até o término dos créditos, faz o público arrepiar. Praia de Botafogo está no programa 2 da mostra competitiva do FBCU.

Mostra Competitiva FBCU - Coração de Tangerina - PGM 2

Foto do filme: Coração de Tangerina - dirigido por Juliana Psaros e Natasja Berzoini

Sinopse: “Adélia vive absorta em suas memórias. Um novo vizinho faz com que ela lance seu olhar para o presente.”

Com a interpretação impecável de Etty Fraser, o curta de Juliana Psaros e Natasja Berzoini, conta a história de uma senhora que vive presa a seu passado. Adélia, mesmo viúva, ainda arruma a casa, coloca a mesa para o jantar como se o marido estivesse vivo. Inclusive conversa com ele. É um filme que trata de um tema muito abordado em filmes que falam de personagens idosos, a solidão. Mas em Coração de Tangerina, a solidão não é trabalhada de forma negativa, Juliana e Natasja dão um tom positivo à vida na terceira idade. Com cenas engraçadas, como aquelas em que Adélia fica vigiando seu vizinho pelo olho mágico da porta, Coração de Tangerina se transforma em uma história leve, que faz o público sorrir. E tem um final que demonstra a transformação da personagem. Em um plano geral muito bonito, câmera no alto, Adélia aparece de mala na mão, com um vaso de planta a tira colo, andando pela rua, indo embora. Coração de Tangerina está no Programa 2 da mostra competitiva do FBCU.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Mostra Competitiva FBCU - O Rapto da Lua - PGM 2

Foto do filme: O Rapto da Lua - dirigido por Vinicius Pereira e Fábio Escovedo

Sinopse: No último dia de filmagem, as latas do filme de Eduardo são roubadas e sua secretária desaparece misteriosamente. Com a ajuda de seu fiel assistente, Eduardo parte em busca de sua obra-prima.

O filme de Vinicius Pereira e Fábio Escovedo, remonta o gênero Noir, com personagens trajando casacos compridos e chapéus, e sempre fumando cigarros. Eduardo, o protagonista, é um cineasta que vê em seu roteiro “Lua Prateada”, o filme de sua vida. A estrutura da história é cíclica. E a cena inicial é muito bonita: em um ambiente escuro, vê-se a silhueta de Eduardo no contra luz, margeada por um fundo azul. Depois de ser abordado e ficar na mira de um revólver, Eduardo, através da narração em off conta como foi parar ali. O roubo das latas da “Lua Prateada” é o que o leva a começar uma perseguição à Lola, sua antiga assistente e quem ele julga ser a mentora do assalto. O Rapto da Lua impressiona em vários aspectos, mas principalmente na fotografia de Willian Condé, que usa luzes coloridas, para deixar as cenas azuis, vermelhas, verdes ou amarelas. Uma experimentação que deixa o filme com uma beleza singular em cada plano. Como os diretores do filmes disseram ontem no debate do festival, o filme busca o estilo POP, através da música, das cores fortes e da edição ágil. E lembra também o estilo das HQs, que é usado inclusive nas cartelas dos créditos iniciais e finais. O Rapto da Lua está no programa 2 da mostra competitiva do FBCU.

O cinema universitário - como é produzir um curta (entrevista com J.C. Oliveira)

J.C. Oliveira é aluno de cinema da Universidade Federal Fluminense, já dirigiu dois filmes, sendo um deles em película 16mm. J.C. fala sobre o cinema universitário, conta como foi sua experiência como diretor e como é o processo de produção de um curta-metragem na faculdade.
O CARA ERRADO - FOTO Vivian Ribeiro
"Durante todo o tempo em que estou na UFF, tive a oportunidade de trabalhar em diversos curtas de estudantes da escola e pude dirigir dois. O Cara Errado, foi minha primeira direção, uma realização de livre-iniciativa, feito em mini-DV e R E M, filme da cadeira de Fotografia e Iluminação, feito em 16mm. Aprendi muito com ambos os filmes, que acabaram por dar certo devido ao esforço coletivo de suas equipes, mesmo com todas as dificuldades passadas por essas produções universitárias.
Dificuldades como falta de apoio, falta de dinheiro e falta de equipamentos exigem dos realizadores universitários uma capacidade de ter jogo de cintura e se virar com o que é possível, criando uma necessidade de inventividade muito grande. Não quero dizer, com isso, que os problemas sejam, no final, positivos, mas me faz pensar no quanto aprendemos com eles e o quanto não poderíamos fazer se pudéssemos contar com melhores condições de produção.
REM - FOTO Diego González
Um fator, a meu ver, balizador e importantíssimo para a produção no meio universitário é a liberdade de realização. Muito embora a UFF tenha suspendido a produção de filmes de livre iniciativa por falta de equipamentos e algumas escolas de cinema prefiram trabalhar com o sistema de bancas para escolher os “melhores” projetos para serem realizados, a liberdade criativa ainda existente nesse meio permite experimentações em obras que teriam maior dificuldade para serem realizadas fora das escolas. E essa liberdade é importante não só pela pluralidade de filmes resultantes mas também pela faceta de laboratório audiovisual que um curso de Cinema deve ter. Os erros, acertos e aprimoramentos fazem parte do aprendizado. O Cara Errado, por exemplo, é um filme do qual tenho muito orgulho, que, sem dúvida, foi bem realizado e no qual aprendi muito, mas R E M é um trabalho muito mais maduro, em grande parte devido à experiência que ganhei com O Cara Errado e com os diversos outros curtas no qual havia trabalhado anteriormente.
Toda essa mistura de dificuldades, inventividade, liberdade e experimentação pode ser encontrado no Festival Brasileiro de Cinema Universitário, que se constitui em um espaço bem democrático para exibição de curtas, em que mesmo as produções fora da Mostra Competitiva podem ser apreciadas pelo público em Mostras Informativas."

J.C. Oliveira é estudante do oitavo período de Cinema na Universidade Federal Fluminense, diretor dos curtas O Cara Errado e R E M e membro do grupo Caos e Cinema (http://www.caosecinema.com.br/ – site em construção).
REM E O CARA ERRADO ESTÃO NA MOSTRA INFORMATIVA DO FBCU:

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Antes que Seja Tarde


Um filme de ANDRÉ QUEIROZ

Amanhã no Programa 1 da mostra competitiva do FBCU - 18:30. CCC. Sala de Cinema

sinopse: Digo é um adolescente mal-humorado, em crise com as mudanças em sua vida desde que terminou o colégio. Ele não quer seguir adiante, mas o resto do mundo não vai parar de andar só porque ele precisa de um tempo.

Outros Festivais de Cinema Universitário



Outros dois festivais de cinema universitário são: o Festival Rec, que acontece em Agosto na cidade de Vitória - ES, e o Perro Loco, Festival de Cinema Universitário Latino Americano, que acontece em novembro em Goiânia - GO.

O FESTIVAL REC - Festival Nacional de Vídeos Universitários, está em sua quarta edição, e, desta vez, as inscrições de vídeos bateram todos os recordes, foram 375 inscrições, enviadas de 93 instituições de ensino superior de 20 estados brasileiros. A lista com os vídeos selecionados para a mostra competitiva será divulgada no site do festival: http://www.festivalrec.com.br/ na primeira semana de Agosto.

O PERRO LOCO 2 - Festival de Cinema Universitário Latino Americano prorrogou suas inscrições até o dia 4 de Agosto. Para se inscreverem, as obras devem ter no máximo 30 min de duração e devem ter sido finalizados depois de 2004. E junto com o vídeo para seleção em DVD ou VHS (formato NTSC), deve ser enviada a ficha de inscrição assinada, declaração de matrícula dos alunos realizadores, lista de diálogos, CD contendo duas fotos da obra e o material de divulgação (cartazes e folder - se houver).
Para saber mais entre no site do festival: http://www.perroloco.com.br/