Ainda falando sobre cinema universitário, o Blog Curtas entrevistou Vitor Leobons, que junto com Diego dos Anjos e Diogo Leobons, tem a produtora universitária, Orçamento Zero - OZ.
1) Como surgiu a idéia de criar a OZ?
Não sabemos... Quando a gente chegou, ela já estava lá... Mas, alguns boatos dizem que ela surgiu de uma vontade que parecer ser comum à maioria dos alunos de cinema: encontrar um grupo, com idéias e gostos parecidos e se juntar para realizar seus filmes. No próprio curso de cinema da UFF, se você perguntar pra grande maioria dos alunos, todos vão dizer que tem uma “produtora”.
2) Como é a produção universitária na UFF? Caótica... Como funciona?
Na base da boa vontade... Enquanto a Estácio dá R$ 400,00 pra cada produção, a PUC R$ 4.000,00, a UFF te deseja Boa Sorte... Não que isso seja ruim, afinal como um bom pai, ela te cria para o mundo e não fica te paparicando...
3) Vocês fazem os filmes de forma independente, ou utilizam o apoio da faculdade?
A gente faz filme DE forma independente, COM o apoio da faculdade. Durante um determinado momento, a faculdade foi muito importante pra realização dos nossos filmes, no entanto agora, estamos em uma faze de transição é nossa idéia é aos poucos não depender mais da faculdade, e ai sim, nos tornarmos totalmente independentes.
4) Quantos filmes vocês já produziram?
Talvez pelas influências e referências da gente, os nossos curtas tem uma característica de serem complexos, com uma produção grande e dentro desse esquema já fizemos quatro filmes (O Perdedor, 2006; O Teste, 2007; Mais uma história de amor ou as incríveis aventuras do audacioso Telepatoman, 2007; Enfiando a Jaca no Balde, em fase de finalização). Só que a gente percebeu que isso acabava limitando a nossa produção, porque sempre se levava uns seis meses, um ano pra se ter um curta pronto... Então criamos o Projeto Filmes de Bolso da OZ, onde a idéia seria a de elaborarmos roteiros simples, que não precisassem de uma produção muito complexa, pra se conseguir pré-produzir, rodar e montar em no máximo uma semana. Nesse projeto já rodamos três curtas (Acabou a Vaselina, 2007; Total Flex, 2007; Funcionário do Mês, 2008)
5) Vocês pretendem fazer da Orçamento Zero uma produtora que lhes dê alguma forma de renda?
Não... A idéia é que ela seja a nossa principal e única fonte de renda.
6) Como você vê a produção de curtas-metragens universitários no Brasil?
Como a produção de cinema profissional no Brasil... Dependendo sempre mais da boa vontade de todo mundo do que de qualquer outra coisa, sempre depois de cada filme precisando começar do zero novamente e com uma grande dificuldade de se exibir para o público.
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