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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Mais sobre a OZ - Orçamento Zero

Foto da equipe do Filme: Enfiando a Jaca no Balde - Produção OZ


Foto do filme Telepatoman - Produção OZ

Continuação da entrevista com a Produtora OZ - Orçamento Zero - formada por Vitor Leobons, Diogo Leobons e Diego dos Anjos - sobre cinema universitário. Para quem quiser entrar em contato com eles, a OZ também tem um blog: http://blogdaoz.blogspot.com/

7) O que você acha do festival universitário?

A idéia de se ter um festival voltado em sua totalidade para a produção universitária é muito bacana. Porque em todos os outros festivais, as mostras universitárias acabam sempre sendo um acontecimento paralelo e você acaba não tendo a atenção que deveria. No entanto, o conceito de um festival com curadoria, onde se escolhe um filme ou outro é limitador, porque você acaba dependendo dos gostos da equipe curadora. Muita coisa boa acaba ficando de fora...

8) Vocês já realizaram algum filme em película?

Temos uns flashbacks em Telepatoman que são filmados em 16 mm... A gente até gostaria de filmar mais, afinal, nada do que foi inventado até hoje consegue ter a mesma qualidade que a imagem na película tem...

9) Você acha que o digital facilitou a produção dos estudantes?

Não só dos estudantes, mas de todo mundo.

10) Como é a aceitação dos filmes que vocês já produziram em festivais?

Uma das coisas que a gente sempre falou era que os nossos filmes não tem um perfil de filme festival, mas isso pode acabar soando como chororó de derrotado. É melhor a gente pensar como o Spielberg, que logo depois de ganhar o Oscar com a Lista de Schindler, lançado no mesmo ano em que ele fez Jurassic Park. Ele falou que existem dois tipos de filmes: aqueles que você faz pra critica e aqueles que você faz para o público. Se não foi isso, foi algo bem parecido... Enfim, A OZ se encaixa no segundo grupo... Por isso, acho que nossos filmes não têm muita cara de festival... Bom, resumindo, acho que deu pra perceber qual é a nossa relação com festivais né?

11) Você acha que é possível viver de cinema no Brasil?

Tomara...

12) Quais são seus próximos projetos?

Como a gente já disse antes, a OZ ta passando por uma fase de transição e existem vários planos nesse momento... Então, como aqueles ex-big brothers, estamos cheios de projetos pra esse segundo semestre, mas é melhor não comentar sobre eles agora. No entanto, estamos finalizando agora um musical rodado no ano passado, estamos preparando uma campanha pro lançamento e várias coisas vão começar a pipocar sobre ele até o final do ano. Ainda temos dois curtas saindo do forno. O primeiro é uma fábula, já em pré-produção, que vai ser rodada em janeiro do ano que vem e o outro é uma comédia, que surgiu de uma falta que a gente sentia na nossa produção de se falar sobre o universo feminino... Devemos começar a pré dele em breve. E quem sabe, se ainda sobrar tempo, mais uns filmes de bolso...

13) Fale um pouco dos filmes da OZ.

Somos três caras aqui na OZ, que em comum acho que só a amizade, o fato de gostarmos muito de mulheres e beber cerveja... E você pode perceber isso vendo os filmes da gente. São duas linhas completamente diferentes. Uma segue um estilo mais leve, mais pop, com comédias, romances, onde a idéia é divertir, fazer com que você esqueça um pouquinho todos os problemas. No entanto, como cereja desse bolo, sempre tem uma pesquisa de linguagem, uma mistura de estilos, uma costura de várias referências. E tem outra que quer fazer você questionar uma série de coisas. É entretenimento, mas diferente do primeiro, não quer fazer com que você esqueça dos problemas, mas sim discutir e pensar sobre. Mas no final, o que a gente quer com os filmes da OZ é fazer um tipo de cinema que não seja gratuitamente contestador, incomodamente prepotente e apreciado unicamente por um grupo intelectual, mas sim que esteja ao alcance de todo mundo, que possa ser assistido E compreendido pelo maior número de gente possível.

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