Já pela sinopse percebe-se que o filme de Cavi Borges é, no mínimo, ousado: Um homem. Uma mulher. Uma cidade. Dois planos seqüências. E para um curta de 12 minutos, feito em apenas dois planos, que tem como locação o bairro de Copacabana e o metrô, isso é bastante complicado. Como disse o diretor durante o debate, a melhor tomada do filme não pôde ser usada, porque bem no final do plano um garotinho deu adeus para a câmera. Inconvenientes de se filmar no meio da rua, sem cortes. A história desse homem e dessa mulher começa com um engano. O homem liga para o telefone de Mila por engano, mas antes que ela desligue, ele estende o papo. Os dois conversam e começam a se conhecer. Descobrem que além, de conterrâneos, gaúchos, nasceram no mesmo hospital e moraram em ruas próximas. Descobrem que estudaram na mesma escola de teatro e assim por diante. Os personagens se identificam de tal maneira através de suas coincidências, que, por fim, resolvem se encontrar no metrô. Como Cavi contou no debate os diálogos do filme foram todos criados pelos próprios atores, na base do improviso e de sua experiência de vida. Engano é um filme muito afinado, com ótimas interpretações, boa dose de ousadia e uma trilha sonora que entra nos momentos exatos.
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sexta-feira, 15 de agosto de 2008
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