“Noite de Cinzas” surgiu durante uma temporada de estudos na New York Film Academy, em Los Angeles. Na penúltima aula de interpretação, me foi pedido que escrevesse um monólogo onde a personagem fosse completamente distinta de mim. A primeira coisa que pensei, e provavelmente metade das mulheres (suponho eu) foi: Prostituta.
Como não queria cair no óbvio, comecei a pensar em que tipo de prostituta ela seria, o que ela estaria fazendo, se foi uma escolha dela ou não... E a situação do seqüestro foi se formando na minha cabeça... Como não queria fazer o clássico monólogo, onde contracenamos com uma figura imaginária, criei a situação da irmã menor, que como única alternativa, trancou-se no armário. Depois de apresentar o monólogo à classe, a história não me saía da cabeça e depois de inúmeras pesquisas a respeito do assunto
(terrivelmente grave no Brasil e no mundo) decidi fazer o curta. Escrevi a história no avião e uma semana depois, estava filmando.
Como não tínhamos grana nenhuma, foi literalmente uma produção em família. Meu marido, o também ator Emiliano Ruschel, fez a câmera e a fotografia, minha mãe, a artista plástica Delma Godoy, fez a arte e alguns amigos nos ajudaram com o boom, rebatedores, etc. O curta foi gravado em dois dias e meio e no último dia, sem amigos disponíveis, foram minha filha e minha irmã (que fazem a Gabi), que fizeram a claquete e seguraram os rebatedores.
“Noite de Cinzas” é literalmente uma idéia na cabeça e uma câmera na mão, mas, sobretudo, uma indignação mais forte que qualquer dificuldade financeira ou técnica.
É crescente o número de meninas envolvidas neste tipo de comércio obscuro, que cada vez mais conta com o consentimento das autoridades.
É importante disseminarmos essas informações entre as jovens, que muitas vezes, sem perspectivas, saem em busca de “melhores oportunidades” e embarcam numa jornada, que na maioria das vezes, não tem volta.
Larissa Vereza
Como não queria cair no óbvio, comecei a pensar em que tipo de prostituta ela seria, o que ela estaria fazendo, se foi uma escolha dela ou não... E a situação do seqüestro foi se formando na minha cabeça... Como não queria fazer o clássico monólogo, onde contracenamos com uma figura imaginária, criei a situação da irmã menor, que como única alternativa, trancou-se no armário. Depois de apresentar o monólogo à classe, a história não me saía da cabeça e depois de inúmeras pesquisas a respeito do assunto
(terrivelmente grave no Brasil e no mundo) decidi fazer o curta. Escrevi a história no avião e uma semana depois, estava filmando.
Como não tínhamos grana nenhuma, foi literalmente uma produção em família. Meu marido, o também ator Emiliano Ruschel, fez a câmera e a fotografia, minha mãe, a artista plástica Delma Godoy, fez a arte e alguns amigos nos ajudaram com o boom, rebatedores, etc. O curta foi gravado em dois dias e meio e no último dia, sem amigos disponíveis, foram minha filha e minha irmã (que fazem a Gabi), que fizeram a claquete e seguraram os rebatedores.
“Noite de Cinzas” é literalmente uma idéia na cabeça e uma câmera na mão, mas, sobretudo, uma indignação mais forte que qualquer dificuldade financeira ou técnica.
É crescente o número de meninas envolvidas neste tipo de comércio obscuro, que cada vez mais conta com o consentimento das autoridades.
É importante disseminarmos essas informações entre as jovens, que muitas vezes, sem perspectivas, saem em busca de “melhores oportunidades” e embarcam numa jornada, que na maioria das vezes, não tem volta.
Larissa Vereza
para visitar o site do filme: http://www.noitedecinzas.com/
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