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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Booker Pittman e Satori Uso - filmes de Rodrigo Grota

Foto do filme: Booker Pittman - direção de Rodrigo Grota

Satori Uso teve seus poemas traduzidos para o português na extinta coluna ''Leitura'' da Folha de Londrina, em 1 de setembro de 1985, pelo escritor Rodrigo Garcia Lopes. Tamanha foi a repercussão do poeta com seus haicais que incitou, até a curiosidade e comentários elogiosos de Paulo Leminski. Porém, em uma mesa de bar, Garcia Lopes confessou para o cineasta Rodrigo Grota que Satori Uso era, na verdade, uma figura fictícia. Surgia assim a idéia para o filme “Satori Uso”, um falso documentário, sobre um falso poeta dirigido por um falso diretor. O filme, uma produção da Kinoarte em 35 mm, é um suposto recorte de um documentário não acabado feito pelo cineasta Jim Kleist. É o próprio Kleist que narra a história, na voz do diretor de arte José de Aguiar. Satori Uso é o primeiro filme da trilogia do esquecimento. Trilogia que se passa na Londrina da década de 50. O segundo filme dessa trilogia é baseado na vida do jazzista Booker Pittman, o filme de mesmo nome do músico, foi um dos vencedores desse ano no festival de Gramado. Booker Pittman continua brincando com a realidade, e em alguns momentos durante o filme você se pergunta se na tela se passa um documentário, ou um filme de autor. O curta não conta de forma narrativa a história do jazzista, é, ao invés disso, composto de forma fragmentada por passagens significativas na vida de Booker Pittman. O filme causa uma abstração no público, que o acompanha até o final da exibição. Booker Pittman é um filme musical na estrutura, no argumento, no resultado final. Segundo Rodrigo Grota, “as músicas exercem um papel duplo nesse filme: elas direcionam a emoção do espectador, e ao mesmo tempo oferecem informações sobre as cenas e os personagens”. - fonte: portal Jornal de Londrina do dia 10/08/2008

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